No topo da plataforma chinesa Weibo, pelo Dia Mundial das Crianças, um vídeo da rede CCTV dizia que mais de 4.600 delas morreram em Gaza "e muitas ainda estão em perigo". Coincidiu com outras ações, como a visita de chanceleres muçulmanos a Pequim e a cúpula virtual do grupo Brics, sobre paz.
Começou pouco antes, com jornais chineses e sauditas como Global Times e Arab News destacando que seus países "assinam acordo para trocas em moedas locais de 50 bilhões de yuans" ou US$ 6,9 bilhões. "Vai fortalecer comércio e investimento entre Arábia Saudita e China."
Segundo o South China Morning Post, ele "dá impulso à globalização do yuan" e segue movimentos na mesma linha por Emirados Árabes Unidos e Iraque. Segundo a Caixin, com Bloomberg, "é o mais recente sinal de fortalecimento das relações entre Pequim e Riad", agora também "em questões geopolíticas".
Quase ao mesmo tempo, uma delegação árabe-islâmica de ministros de Exterior, encabeçada pelo saudita Faisal bin Farhan al-Saud, foi recebida em Pequim pelo chanceler Wang Yi. O grupo busca "arrefecer o conflito em curso na região de Gaza", segundo o China Daily, também por agências como Associated Press.
O terceiro movimento veio em seguida, com a cúpula virtual do Brics sobre Gaza. O SCMP destacou que o sul-africano Cyril Ramaphosa, que chamou a reunião, apontou "genocídio". Caixin e Bloomberg, o pedido de Xi Jinping por cessar-fogo. A Reuters, a oferta de Vladimir Putin de acordo em Gaza com apoio do Brics.
Pela primeira vez, participou também o príncipe saudita Mohammed bin Salman, líder do país. Segundo o canal Al Arabyia, MbS afirmou que "não tem jeito de alcançar segurança e estabilidade na Palestina, exceto através da implementação de decisões internacionais relacionadas com a solução de dois Estados".
No enunciado do canal saudita, uma crítica indireta aos EUA, "Príncipe herdeiro conclama todos os países para que parem com as exportações de armas para Israel". No Arab News, com declaração dele: "Exigimos um processo de paz 'sério' para o Estado palestino."
COM APOIO A GUERRA, BIDEN PERDE PARA TRUMP
A rede NBC fez pesquisa nacional nos EUA e destacou que "Posição de Biden atinge novos patamares mínimos em meio à guerra". A queda "é mais pronunciada entre eleitores de 18 a 34 anos, com impressionantes 70% deles desaprovando como Biden lida com a guerra".
Com isso, "Trump lidera Biden pela primeira vez", 46% a 44%.
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