O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) diz ter conversado na manhã desta terça-feira (7) com governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), e o aconselhado a não hesitar em pedir ao governo federal um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), se considerar necessário.
Além do quadro dramático provocado pelas chuvas, moradores gaúchos têm relatado saques a mercados, lojas e farmácias em meio às enchentes. A Brigada Militar do estado afirma que 16 pessoas foram presas apenas na noite de segunda-feira (6) por tentativas de furtos "não só pela subsistência".
"Se a Polícia Militar do Rio Grande do Sul não conseguir conter essa onda de saque e de roubo que está havendo, é óbvio que vamos ter que pedir apoio", afirma Mourão à coluna.
As GLOs são operações que reúnem as Forças Armadas a partir de ordem do presidente da República e autorizam militares a atuar com poder de polícia.
A medida é aplicada em situações em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública e devem ser feitas em caráter episódico, em área restrita e por tempo limitado.
Mourão afirma, por outro lado, que não pretende levar a proposta de GLO ao relatório da Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul, que foi instalada nesta terça (7) no Senado e tem o parlamentar como seu relator. A presidência ficou a cargo de Paulo Paim (PT-RS), e a vice, de Ireneu Orth (PP-RS).
Durante a instalação do colegiado, que centralizará propostas apresentadas na Casa para socorrer o estado, Paim afirmou que a definição dos cargos se deu de forma pacífica entre os três gaúchos e que o relatório final será construído de forma coletiva. "Não vai haver atrito nenhum, tenho certeza absoluta", disse o petista.
Ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Mourão diz ver como "perfeitamente normal" seu alinhamento a um parlamentar do PT. Ele afirma que, independentemente das diferenças políticas e partidárias, os três são representantes do Rio Grande do Sul e devem agir em prol do estado.
"Acho que isso é algo perfeitamente normal na política", afirma sobre a união. "Tanto eu quanto o Ireneu somos oposição ao governo. Mas nós não somos uma oposição ao Brasil nem ao Rio Grande do Sul."
SOBRE O PALCO
O ator e diretor Miguel Falabella prestigiou a estreia da ópera "Carmen" no Theatro Municipal de São Paulo, na capital paulista, realizada na semana passada. O vice-presidente do Tribunal de Contas de São Paulo, Roque Citadini, esteve lá. A empresária e consultora de moda Gloria Kalil também.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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