A Globo não vai mais adaptar para a TV o livro "Um Defeito de Cor", lançado em 2006 pela escritora mineira Ana Maria Gonçalves.
A ideia inicial da emissora era transformar o romance, que se tornou uma referência nos estudos sobre a questão racial no país, em uma supersérie ou novela na faixa das 23h.
À coluna, Ana Maria Gonçalves diz que a Globo teve os direitos de adaptação da obra por dez anos, mas não tirou o projeto do papel. "O contrato venceu em novembro passado e não renovei", afirma a escritora.
A roteirista Maria Camargo, autora das séries de sucesso "Dois Irmãos" e "Assédio" —também baseadas em livros— chegou a trabalhar na adaptação de "Um Defeito de Cor", que tinha previsão de ir ao ar inicialmente em 2021. Ela deixou a Globo no ano passado, porém.
O livro de 968 páginas foi o tema do enredo deste ano da Portela. Após o desfile da escola na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, o volume alcançou o topo da lista dos mais vendidos da Amazon.
Fruto de uma intensa pesquisa da escritora, o romance conta a história de Kehinde, uma mulher negra que, quando criança, é sequestrada no Reino de Daomé, atual Benin, e é levada, escravizada, para a ilha de Itaparica, na Bahia.
Na história, Kehinde repassa toda a sua vida, do período em que foi escravizada até a sua alforria. A personagem foi inspirada em Luísa Mahin, suposta mãe do jornalista e advogado abolicionista Luiz Gama. Mahin teria participado da Revolta dos Malês, movimento ocorrido ainda no Brasil imperial e que foi considerado o maior levante de escravizados da história do país.
SOB NOVA DIREÇÃO
O presidente da Apesp (Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo), José Luiz Souza de Moraes, recebeu convidados como a advogada GabrielaAraujo e o deputado estadual paulista Emidio de Souza (PT) na festa que celebrou a posse da nova diretoria da entidade, realizada em São Paulo, na semana passada. A procuradora-geral do estado de São Paulo, Inês Coimbra, esteve lá. A presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, também participou.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.