Os sete senadores que integraram o núcleo duro da CPI da Covid, o chamado G-7, vão reunir documentos que consideram provas de crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia para que o ex-presidente seja investigado pelo Ministério Público Federal. Derrotado nas eleições, fora do poder e sem foro privilegiado, o ex-presidente poderia responder por eles agora em primeira instância.
NOVO CAPÍTULO
Bolsonaro foi indiciado na CPI por nove crimes: de epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, charlatanismo, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de responsabilidade.
CAPÍTULO 2
Sob o comando de Augusto Aras, no entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento das denúncias, e Bolsonaro jamais foi investigado por elas.
CAPÍTULO 3
Os parlamentares acreditam que agora, sem a proteção do foro privilegiado, que perdeu ao deixar o cargo, Bolsonaro seja enfim investigado a pedido do Ministério Público.
ASSINATURA
A ideia partiu do senador Humberto Costa (PT-PE). Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da Comissão, já afirmaram que endossam a iniciativa.
PARALELAS
Costa acredita que as chances de a denúncia prosperar são reais. Em outra investigação, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid à possibilidade de uma pessoa desenvolver Aids.
PARALELAS 2
A PF atestou a "existência de elementos probatórios concretos suficientes de autoria e materialidade" para atestar os crimes de "provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto" e de "incitação ao crime".
DESMASCARADO
O documento explica, ainda, que Bolsonaro teria cometido o delito de incitação ao crime por incentivar "o descumprimento de normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo federal, que seria o uso obrigatório de máscaras pela população".
TAPETE VERMELHO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua mulher, a professora da USP Ana Estela Haddad, cumprimentaram convidados durante a recepção realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para a posse Lula, no domingo (1º). O ex-prefeito de São Paulo foi uma das estrelas maiores do evento.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e sua mulher, Yara Lewandowski, estiveram lá. Os advogados Valeska Teixeira Martins e Cristiano Zanin, que defenderam Lula nos processos da Lava Jato, também compareceram.
INTERCÂMBIO
O Nobel da Paz e presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, foi homenageado com um jantar no restaurante Fuego, em Brasília, na segunda-feira (2). Na ocasião, o mandatário transmitiu um convite a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que visite seu país e discuta temas como a guerra na Ucrânia.
O restaurante, que tem em seu quadro de sócios o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, reuniu autoridades como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski e o diplomata Aldemo Garcia, que já atuou como embaixador no Timor Leste.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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