Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus CPI da Covid

Sem foro privilegiado, Bolsonaro voltará a ser denunciado à Justiça por senadores da CPI da Covid

Parlamentares acreditam que, ao contrário da PGR, que pediu o arquivamento das denúncias, o Ministério Público Federal do DF poderá tocar adiante as investigações contra o ex-presidente

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Os sete senadores que integraram o núcleo duro da CPI da Covid, o chamado G-7, vão reunir documentos que consideram provas de crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia para que o ex-presidente seja investigado pelo Ministério Público Federal. Derrotado nas eleições, fora do poder e sem foro privilegiado, o ex-presidente poderia responder por eles agora em primeira instância.

O presidente Jair Bolsonaro chora ao participar de encontro com lideranças evangélicas no Palácio da Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro chora ao participar de encontro com lideranças evangélicas no Palácio da Alvorada - Pedro Ladeira - 8.mar.22/Folhapress

NOVO CAPÍTULO

Bolsonaro foi indiciado na CPI por nove crimes: de epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, charlatanismo, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de responsabilidade.

CAPÍTULO 2

Sob o comando de Augusto Aras, no entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento das denúncias, e Bolsonaro jamais foi investigado por elas.

CAPÍTULO 3

Os parlamentares acreditam que agora, sem a proteção do foro privilegiado, que perdeu ao deixar o cargo, Bolsonaro seja enfim investigado a pedido do Ministério Público.

ASSINATURA

A ideia partiu do senador Humberto Costa (PT-PE). Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da Comissão, já afirmaram que endossam a iniciativa.

PARALELAS

Costa acredita que as chances de a denúncia prosperar são reais. Em outra investigação, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid à possibilidade de uma pessoa desenvolver Aids.

PARALELAS 2

A PF atestou a "existência de elementos probatórios concretos suficientes de autoria e materialidade" para atestar os crimes de "provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto" e de "incitação ao crime".

DESMASCARADO

O documento explica, ainda, que Bolsonaro teria cometido o delito de incitação ao crime por incentivar "o descumprimento de normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo federal, que seria o uso obrigatório de máscaras pela população".


TAPETE VERMELHO

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua mulher, a professora da USP Ana Estela Haddad, cumprimentaram convidados durante a recepção realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para a posse Lula, no domingo (1º). O ex-prefeito de São Paulo foi uma das estrelas maiores do evento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e sua mulher, Yara Lewandowski, estiveram lá. Os advogados Valeska Teixeira Martins e Cristiano Zanin, que defenderam Lula nos processos da Lava Jato, também compareceram.


INTERCÂMBIO

O Nobel da Paz e presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, foi homenageado com um jantar no restaurante Fuego, em Brasília, na segunda-feira (2). Na ocasião, o mandatário transmitiu um convite a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que visite seu país e discuta temas como a guerra na Ucrânia.

O restaurante, que tem em seu quadro de sócios o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, reuniu autoridades como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski e o diplomata Aldemo Garcia, que já atuou como embaixador no Timor Leste.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do publicado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi relator da CPI da Covid, não presidente. O texto foi corrigido. 

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