A entrega ultrarrápida de produtos comprados em sites de lojas é excelente para os consumidores brasileiros. Comprova que a verdadeira fidelização é atender bem o cliente, reduzindo prazos de entrega, aumentando as ofertas e baixando os preços, quando a inflação encontrar pela frente uma equipe econômica do governo que consiga enfrentá-la de verdade.
Em 2021, no Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor) –do Ministério da Justiça, que integra dados relativos aos Procons de todo o Brasil–, houve 85.490 atendimentos sobre problemas na entrega de produtos. Foi o quarto item mais reclamado, depois da cobrança indevida/abusiva; do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) –resolução de demandas, e de produto com vício.
O CDC (Código de Defesa do Consumidor) não estipula um prazo para entrega de itens adquiridos pelo cliente, mas exige informação adequada sobre os produtos e serviços nas relações de consumo.
Os atrasos nas entregas aumentaram durante o período mais crítico da pandemia de coronavírus em função do distanciamento social, que multiplicou as compras pela Internet.
O faturamento do ecommerce cresceu 27% no país no ano passado em comparação a 2020, totalizando R$ 161 bilhões.
Em pesquisa EY Future Consumer Index (FCI), 44% dos brasileiros ouvidos afirmaram estar dispostos a só fazer compras online no futuro próximo. Isso indica que a mudança no perfil de consumo não se restringiu ao período em que a Covid-19 nos afastou das lojas físicas.
A pronta entrega, a propósito, foi um dos diferenciais do comércio de bairro quando a pandemia nos fez ficar em casa. Somou-se ao atendimento cordial, com um toque de ‘vizinhança’. Essa comodidade fez com que alguns destes pequenos estabelecimentos conseguissem manter parte de suas vendas mesmo sem a presença de clientes em suas lojas.
Como o comércio eletrônico parece ter conquistado um espaço para além das pandemias, criar estrutura para manter e até reduzir prazos é um investimento inteligente e necessário.
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