Antigamente, médicos voluntários atendiam os indígenas doentes em suas aldeias. Brevemente, a presença será de grande número de médicos que nasceram nas aldeias.
Como em 2019 a lei de cotas facilitou o acesso de indígenas ao curso de medicina das universidades federais, após a conclusão dos cursos do ensino médio, Willian Fernandes Luna e colaboradores da Universidade Federal de São Carlos estudaram e relataram na revista Interface vivência desses povos nesses cursos.
A pesquisa identificou 192 estudantes indígenas em 43 escolas médicas de um total de 69 universidades federais, com 80 cursos de medicina em 2019.
Os cursos procurados foram criados a partir de 2013 com o incentivo do programa Mais Médicos e foram implantados em regiões com ausência de escolas públicas de medicina.
Entrevistados pelos autores, os indígenas estudantes de medicina referiram que seus novos conhecimentos podem proporcionar impactos diretos em suas comunidades.
Por outro lado, a presença dos indígenas nas escolas médicas pode trazer diversidade, como outras formas de pensar o processo saúde-doença.
Os autores concluem que os apoios institucionais necessitam ser aprimorados para favorecer a educação e a formação médica dos indígenas.
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