A campanha de vacinação contra a paralisia infantil (poliomielite), que terminaria no domingo (30), foi prorrogada por tempo indeterminado.
Esta medida merece o apoio da população, pois visa ao seu benefício, apesar do exagero promovido pelos negacionistas da vacinação.
A cobertura vacinal de crianças e adolescentes até os 15 anos, que deveria ter alcançado 95%, chegou a somente 79,20% e é o resultado da indecisão de pais e responsáveis por essa importante fatia da população.
Este tipo de indecisão em relação à saúde, particularmente no que se refere à vacinação, deve ser combatido. Poderá resultar na reintrodução do agente responsável pela infecção (poliovirus) em nosso meio, com suas graves consequências.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) denomina a situação de "hesitação vacinal" e a considera uma das principais ameaças atuais à saúde global.
Especialistas das Universidades de Washington, em Seattle, Estados Unidos, e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Inglaterra, liderados por Heidi J. Larson, estudaram as causas da hesitação vacinal.
A principal foi a de que a indecisão e a incerteza em relação à vacinação são alimentadas por plataformas de mídia digital.
Dessa forma, a população é levada para a saúde alternativa, extremismo em crenças ou por polarização política com base em decisão desinformada.
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