Os costumes podem mudar de tempos em tempos, mas para as mulheres que alcançam a meia-idade é quase permanente aparecerem as desagradáveis ondas de calor da menopausa, uma fase exclusiva da vida do sexo feminino.
No tratamento das ondas de calor e de outros problemas da menopausa tem sido empregado o tratamento hormonal. Entretanto, desde a sua introdução, tem sido motivo de debates na área médica.
Para a médica Dolores Pardini, da Unifesp/Escola Paulista de Medicina, em trabalho publicado na revista Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, alguns estudos indicam risco de câncer de mama.
A incidência de efeitos adversos do tratamento hormonal é baixo, e os riscos são cumulativos com o tempo de uso.
Por esse motivo, a Sociedade Norte-Americana de Menopausa anuncia, a intervalo de anos, uma declaração em relação ao tratamento da menopausa.
Nesta quinta-feira (7), na revista Menopause, órgão oficial da entidade, publicou a sua Declaração de Posição de Terapia Hormonal de 2022.
Inicialmente, ela afirma que revisou os dados existentes sobre terapias hormonais após a última declaração, em 2017, e concluiu que "o que não mudou é que a terapia hormonal continua sendo o tratamento mais eficaz para sintomas vasomotores e síndrome geniturinário da menopausa e demonstrou prevenir a perda óssea e fraturas".
Igualmente recomenda a estratificação de risco por idade e tempo desde a menopausa.
A declaração de 2022 também destaca que os benefícios da terapia hormonal superam os riscos para a maioria das mulheres com sintomas da menopausa e saudáveis, desde que com idade inferior a 60 anos e dentro de dez anos do início da cessação da menstruação.
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