Intercalados por períodos de queda ou aumento, os indicadores de transmissão do vírus Covid-19 sugerem que a virose irá permanecer em nosso meio, destacando a importância de vacinar a população.
As máscaras não são mais obrigatórias em ambientes abertos, mas deve ser usada nos meios públicos de transporte e ambientes fechados.
Das demais medidas preventivas contra a doença, além de lavar sempre as mãos, está a mal avaliada vacinação de parte da população.
Na norte-americana Universidade Duke, o médico Peter A. Ubel analisou a incongruência da população, contra a maioria das evidências, em acreditar mais em vitaminas e suplementos alimentares do que na vacinação.
As vitaminas, explica, são necessárias para a vida e em situações específicas, como escorbuto ou raquitismo. Estudos e pesquisas já provaram haver pouca evidência de que previnem câncer, doenças cardiovasculares ou mortalidade.
Entretanto, é fácil comercializar benefícios não comprovados de suplementos vitamínicos enquanto é difícil convencer as pessoas a receber vacinas que salvam vidas e que já acabaram com doenças como a poliomielite e varíola.
Essas pessoas veem o mundo em duas partes: bom/mau ou comigo/contra mim.
Com esse pensamento dicotômico, as vitaminas estão na categoria boa e saudável; as vacinas, às vezes um braço dolorido ou sintomas semelhantes à gripe.
Com as vitaminas experimentam o efeito placebo, mais energia e maior sensação de saúde e bem-estar.
Pode-se concluir que, por mais que especialistas afirmem que os benefícios dos suplementos vitamínicos são mínimos ou inexistentes, os fatos científicos não podem competir com a experiência vivida pelas pessoas.
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