Há mais de 130 anos, o primeiro ser humano recebeu uma vacina contra a raiva, abrindo um novo campo na área da prevenção de doenças infectocontagiosas.
Josef Meister, um menino de nove anos mordido 14 vezes por um cão raivoso, recebeu uma vacina antirábica em 6 de julho de 1885, sobrevivendo sem sequelas. Já adulto foi zelador do Instituto Pasteur e morreu em 1940, em Paris, aos 64 anos de idade.
Até hoje, uma pessoa mordida por cão raivoso se receber em seguida a vacina contra a raiva, sobreviverá a esta infecção fatal.
Essa vacina e seu método foi desenvolvido por Louis Pasteur, cujas pesquisas e ensinamentos contribuíram para novos caminhos no tratamento e prevenção de várias doenças, além da profilaxia proporcionada pela vacinação.
Professor universitário, ele refutou a teoria da geração espontânea, à época vigente, com base em dados científicos. Desenvolveu o método que lembra seu nome —pasteurização— com o protocolo de aquecimento de uma substância entre 55ºC e 60ºC.
Para o consumo do leite pela população brasileira, a pasteurização do líquido é obrigatória por lei.
Pasteur é considerado uma dos franceses mais conhecidos no mundo. Na França, 361 escolas e colégios têm seu nome, além de 3.354 ruas distribuídas pelo país. No Brasil, entre outros, foi fundado há mais de 70 anos no bairro da Vila Mariana, o tradicional Liceu Pasteur.
Diversas instituições relacionadas à pesquisa e ensino, em conexão com a France Mémoire, comemoram neste ano, de janeiro a 27 de dezembro, o 200º aniversário de nascimento de Pasteur, o ano de seu bicentenário e de suas descobertas científicas.
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