Uma súbita queda na autoestima de jovens adultos é observada quando surge um aumento de volume de suas mamas. É a ginecomastia, o alargamento do tecido mamário glandular do homem.
A maioria dos casos é benigno, mas não deve ser afastada a possibilidade de uma causa subjacente grave, como um tumor.
Na revista médica British Journal of General Practice, a médica Hannah L. Bromley e colaboradores alertam os colegas para a eventual necessidade de encaminhar esse paciente para cuidados especializados. Os autores explicam que a condição é resultante de um desequilíbrio do hormônio masculino (testosterona) por deficiência ou excesso de estrogênio.
No Reino Unido, a prevalência da ginecomastia está situada entre 35% e 65% em homens dos 50 aos 69 anos de idade.
Nas pessoas com ginecomastia surge o constrangimento social além da preocupação com a possibilidade de um câncer. Afastada a gravidade do tumor, o paciente costuma recorrer à cirurgia plástica.
As causas benignas mais frequentes são as hereditárias e a obesidade. Mas medicamentos podem também ser causa da ginecomastia.
Vários medicamentos anti-hipertensivos contribuem para o problema, como a espironolactona e os inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina). Os antirretrovirais como os inibidores da protease estão entre os principais. Igualmente os antifúngicos, como o cetoconazol, os antipsicóticos como o Haloperidol, além de várias drogas cardiovasculares como digoxina, amiodarona e clopidrogel.
A ginecomastia tem relação com o sistema endócrino (hipertireoidismo) ou urológico (tumor testicular). Doença hepática crônica e cirrose também contribuem para o aumento da mama masculina.
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