Desde sempre existem pessoas inescrupulosas que procuram lucrar com falsas soluções para problemas reais.
A mais recente falsa solução apareceu com a oferta de falsas vacinas contra a Covid-19, substituídas em seu conteúdo por soro fisiológico, segundo consta.
O capitão Jason Humbert, do setor de fraudes sanitárias da FDA (Food and Drug Administration), órgão norte-americano equivalente à nossa Anvisa, sugere como evitar cair no golpe da vacina.
Além de ser proibida a sua venda pela internet, geralmente o pagamento é solicitado antecipadamente à sua aplicação ou reserva.
Outro golpe potencial é a oferta de testes para Covid-19 e equipamentos de proteção falsos ou abaixo do padrão.
Drogas também são oferecidas, em cápsulas ou de forma líquida, e mais recentemente para aplicação nasal e produtos para a pele. Entretanto, atualmente não há medicamentos aprovados para o tratamento da Covid-19 pelo FDA, informa Minerva Rogers, diretora do setor de fraudes em saúde do órgão.
Produtos fraudulentos, explica, são oferecidos de forma a parecer um remédio respeitável, vendidos até por pessoas que se apresentam como médicos na internet.
Esses produtos apresentam testemunhos pessoais completamente falsos, exclusividade na sua comercialização e ressarcimento das despesas no caso de insucesso do tratamento.
A disseminação de ofertas de falsos tratamentos através da internet em nosso meio apareceu há muito tempo.
Há dez anos, Paulo R. Vasconcellos Silva e colaboradores da Fundação Oswaldo Cruz publicaram estudo sobre panaceias disseminadas pela internet na Revista Pan-Americana de Saúde Pública, editada pela Organização Pan-Americana de Saúde/OMS.
Explicam os autores que a clientela dessas fraudes, tornada vulnerável pela doença e pela perspectiva de morte que comprometem a capacidade de decisão, utiliza a internet para adquirir produtos que em outros
contextos seriam ignorados.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.