Calma, rara leitora e raro leitor palmeirenses!
Nada contra o verde e branco ainda ganhar o Brasileiro para atrapalhar a eventual temporada tricolor.
Apenas a constatação de que o Tricolor das Laranjeiras e o do Pici podem, como o do Morumbi, fechar 2023 com conquistas inéditas.
Dos cearenses já tratamos e agora aguardamos a decisão da Copa Sul-Americana contra o cascudo time equatoriano da LDU, uma vez campeão da Libertadores, no Maracanã e contra o Fluminense, em 2008, outra da Sula, no ano seguinte, e mais duas da Recopa, em 2009/10.
Decisão marcada para Maldonado, no Uruguai, no próximo dia 28, a 6 mil quilômetros de Quito e a quase 5 mil de Fortaleza, porque a Conmebol imagina ser a UEFA, acha que o poder aquisitivo sul-americano é igual ao do europeu.
Resultado: em vez de termos a decisão no Castelão, para 60 mil torcedores, ou no Casa Blanca, para 41 mil, a final será disputada em estádio para 25 mil pessoas.
O Fluminense estará em casa, para não deixar escapar a taça pela segunda vez.
Depois do que fez em 180 minutos contra o Internacional, bem que merece.
Pareceu derrotado ao estar atrás perdendo por 2 a 1 no Rio, com um jogador a menos, e empatou. Assim como pareceu ao sair atrás à beira rio e virou epicamente para 2 a 1.
É claro que o Boca Juniors não tem nada a ver com isso e só pensa no hepta depois de eliminar o Palmeiras.
Caso Fortaleza e Fluminense se juntem ao São Paulo, restará ao Botafogo botar água na aquarela para tornar a temporada do futebol mais temperada com cores que aparentemente são contrárias, mas que, quando se juntam, são portentosas.
Para botar o preto no branco em 2023 faltará apenas o Botafogo sair da fila que vem desde 1995 e ganhar o Campeonato Brasileiro.
COPA DE 2034
A Copa do Mundo de 2030, pretendida pela Fifa em seis países e três continentes, é tão bizarra que parece inverossímil.
A começar pelo ar de esmola ao Uruguai, Argentina e Paraguai, com migalhas para Marrocos.
Se o torneio faz sentido na Espanha e em Portugal, como faria na Argentina e no Uruguai, os penduricalhos não apenas são dispensáveis como ofendem o futebol e os torcedores.
A bocarra de Gianni Infantino é insaciável.
Não satisfeito em ter ficado milionário graças às benesses da família real do Qatar, o presidente da Fifa quer fazer a mais itinerante das Copas, moda iniciada, em 2002, quando Japão e Coreia do Sul foram as sedes, depois de abrir os bolsos para alegrar Joseph Blatter e seus parceiros.
Em 2026 teremos o torneio em três países, Estados Unidos, México e Canadá, para alegria das companhias aéreas, desespero do torcedor e agressão ao meio ambiente.
Depois, o cartola suíço-italiano dobra a aposta, em seis.
É tudo tão tresloucado travestido de criativo que cabe perguntar se Infantino planeja acabar com as Copas de seleções, como sonhou seu conterrâneo, o ex-primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, também ex-presidente do Milan, que desde a Copa de 1990, exatamente na Itália, pregava a extinção do festival da bola.
Porque assim, e com 48 times, cada vez menos empolgante, a Copa só fará o torcedor querer cada vez mais seu clube de coração.
E tudo para deixar aberto o caminho de fazer, em 2034, a Copa sob a milionária ditadura da Arábia Saudita do carniceiro Mohammed bin Salman, que virou amigo de infância do guloso Infantino.
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