O Palmeiras começou ao seu estilo a marcha para o bicampeonato brasileiro seguido: jogou o suficiente em casa para vencer o Cuiabá —e só depois que o adversário ficou com dez jogadores.
O Fluminense, em compensação, assustou no primeiro tempo e deu show no segundo ao atropelar o América no Horto.
Triste foi a estreia do São Paulo, cuja derrota para o Botafogo no Rio parece dar razão aos que temem por seu primeiro rebaixamento.
O Vasco foi heroico no Mineirão ao sustentar a vitória sobre o Galo, mas deve permanecer com os pés no chão, diferentemente do time mineiro, que precisa botar a cabeça no lugar.
A largada do Campeonato Brasileiro mostrou o equilíbrio de sempre entre os concorrentes e o desequilíbrio habitual de Abel Ferreira, expulso logo na primeira rodada.
Corinthians e Flamengo, protagonistas dos maiores vexames dos jogos de ida da terceira fase da Copa Brasil, receberam, em Itaquera e no Maracanã, Cruzeiro e Coritiba, dois dos mais fracos times do torneio, e cumpriram com suas obrigações. O Flamengo com facilidade ao fazer 3 a 0; o Corinthians nem tanto, com 2 a 1 e pouco futebol, diante de 41 mil torcedores.
No Flamengo, a melhor notícia foi a volta de Bruno Henrique após quase um ano parado, diante de Jorge Sampaoli.
Liga fútil
O Clube dos 13 acabou em seu melhor momento também porque Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, resolveu negar a famigerada taça das bolinhas ao seis vezes campeão brasileiro Flamengo, motivo para rompimento da presidenta do clube, Patrícia Amorim.
O gesto infame de Juvêncio, ao trair o combinado na fundação do Clube dos 13, contou com a nefasta colaboração, por motivos outros, do cartola corintiano Andrés Sanchez e do executivo da Globo Esporte Marcelo Campos Pinto.
Agora, o ruído entre Palmeiras e Flamengo se dá pela arrogância egoísta rubro-negra diante da correta posição palmeirense, enfraquecida pela gozação fora de hora de Leila Pereira.
Quando motivos infantis prevalecem sobre iniciativas adultas, é sinal de que essas nem são tão maduras assim.
A Libra não está valendo um níquel, embora valha um tesouro.
Para inglês ver
A decisão da Premier League de proibir anúncio das casas de apostas só na frente das camisas a partir de 2026 é medida paliativa, porque permite nas mangas e nas placas nos estádios. Revela o reconhecimento do quão perniciosos são os jogos de azar, mas de maneira hipócrita. Porque proíbe sem proibir.
Aí o Santos anuncia patrocínio do cassino virtual que tem Neymar, aquele que jogou final do Mundial já contratado pelo Barcelona, como embaixador…
Justiça infame
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do vôlei parece ter ido à mesma escola a que foram o ex-juiz Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol e alguns desembargadores do TFR-4.
Ao conceder efeito suspensivo para Wallace, o voleibolista que posou armado e perguntou se você daria um tiro no rosto do presidente da República, não deixou outro caminho para Confederação Brasileira de Vôlei a não ser o de adiar o jogo do Sada-Cruzeiro, presidido pelo empresário bolsonarista Vittorio Medioli, à espera que se julgue definitivamente o caso, suspenso pelo Comitê Olímpico Brasileiro só por 90 dias.
Wallace deveria estar é preso, jamais na quadra, como quer seu clube ao levar o STJD à decisão tão lamentável.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.