O pior para o time do Flamengo nem foi perder a terceira taça em 2023 ao ser derrotado nos pênaltis por esse incrível Independiente Del Valle, o clube equatoriano que está engasgado na garganta brasileira, a garganta que garganteia poderes que há muito o futebol nacional perdeu, mesmo que, recentemente, tenha vencido todas as Libertadores.
Duas vezes com o Flamengo, em 2019 e 2022, com uma porção de jogadores que agora lutaram até o fim no Maracanã, depois de criarem carradas de oportunidades para vencer por placar até elástico, mas que pararam nas traves por duas vezes, além de outros lances em que a bola deixou de entrar por capricho.
Chamar esses jogadores de sem-vergonhas é de envergonhar a chamada Nação, porque ofender jogadores que empatavam jogo duríssimo dá a medida da arrogância e da pouca solidariedade do torcedor.
Sem-vergonhas foram os que imediatamente mudaram de atitude quando, no derradeiro minuto dos acréscimos, Dom Arrascaeta fez o gol que levou à prorrogação e aos pênaltis.
Talvez melhor fosse nem ter feito o 1 a 0, para poupar o esforço dos jogadores que acabaram derrotados por 5 a 4 nas cobranças da marca da cal, exatamente porque o herói uruguaio desperdiçou a cobrança.
Dom Arrascaeta é sem-vergonha?
O torcedor brasileiro tem o péssimo hábito de se virar contra seu time quando este mais precisa dele, exceção feita, diga-se, à Fiel, que respalda o Corinthians durante os jogos mesmo que atrás no placar.
Depois de derrotas, é verdade, é capaz das maiores vilanias, mas jamais durante.
O que a Nação fez na última terça-feira (28) entra para a história como a noite em que a torcida rubro-negra se comportou como quinta-coluna, bando de traíras, talvez resultado do new Maracanã, porque os extintos geraldinos não agiriam assim.
O século de Messi
Que o século 21 até agora é de Lionel Messi, sete vezes escolhido como número 1 do mundo, está fora de discussão.
Faltam 77 anos para o século acabar. E nem ele saberá, ao fim e ao cabo, se terá aparecido alguém para superá-lo.
Verdade que a Rainha Marta, eleita seis vezes, viveu para ver alguém deixá-la para trás.
No recorde de Messi revelou-se, ainda, o triste voto de Tite em Neymar como melhor do mundo.
O que permite dizer que, se uma fada aparecesse para o treinador e desse a ele a possibilidade de escolher entre o brasileiro, Messi, Mbappé e Benzema para jogar em seu time, ele faria a pior escolha.
Porque Benzema é mais goleador e decisivo, mas Tite poderia dizer que quatro anos mais velho que Neymar. Argumento que não valeria em relação a Mbappé, sete anos mais novo e, também, mais artilheiro e decisivo.
Já em relação a Messi, também quatro anos mais velho, nem que tivesse 100 anos a mais, não dá para comparar.
Como não dá para entender Tite.
Mão à palmatória
Ter compromisso com o erro é burrice ou falta de humildade, assim como manter Juscelino "Dia do Cavalo" Filho no Ministério das Comunicações.
Aqui se leu a crítica à arbitragem por ter anulado gol de Yuri Alberto, na Vila Belmiro.
Fica mantida a crítica ao intervencionismo do VAR, em lance no qual santista nenhum reclamou.
Mas fica, também, o reconhecimento de que o VAR acertou e seria burrice, ou falta de humildade, criticar o acerto quando quem errou foi a coluna.
Com o devido pedido de desculpas à árbitra Edina Alves Batista.
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