O Ministério da Saúde emitiu um alerta para uma epidemia que assola todo o Brasil.
A doença costuma surgir, exclusivamente, nos meses de dezembro e julho. Seus principais sintomas são fadiga, falta de ar, tremores, sudorese, privação de sono e esgotamento mental.
Uma característica peculiar da enfermidade é que ela atinge apenas uma parcela da população: pessoas com filhos. Trata-se do TFF, Transtorno dos Filhos de Férias, síndrome que assola pais e mães brasileiros que encaram o terrível drama de, como diz o nome, conviver com seus filhos de férias.
Também conhecida como PQP-FDP, Pais que Padecem com Férias dos Pequenos, a moléstia se manifesta nos primeiros dias após a contaminação, até mesmo horas.
Ainda na madrugada, as vítimas acordam com taquicardia e pânico ao lembrar que os filhos não terão aula. Em pouco tempo, os doentes já sentem exaustão e melancolia por ter que alimentar, entreter, limpar, arrumar e guardar objetos pelo chão, enquanto trabalham.
"Já fiz dez sanduíches, recolhi 20 meias, limpei quilos de farelo de pão e pisei em 45 Legos. E não são nem 10h da manhã", desabafa Cássia Dias, mãe de duas crianças.
Quando cedem às telas, os pais sofrem do mal de ouvir sons de jogos e músicas como "Let It Go" por toda a casa. Até quando dormem, ouvem a música da Galinha Pintadinha tocando em suas mentes ininterruptamente.
O mal atinge principalmente pessoas com filhos pequenos, mas pode ser pior com pais de adolescentes, que se comportam como crianças, mas comem e gastam como adultos. Uma ida ao cinema pode ultrapassar os R$ 100 per capita, se incluir pipoca e refrigerante. A ansiedade crônica faz os enfermos olharem o saldo no banco a cada cinco minutos.
A doença piora quando os pais resolvem viajar à praia. O que seria uma forma de entreter os filhos se torna um agravante, com instalações ruins, areia na cama, chuveiro que dá choque e gastos exorbitantes. "Meus filhos já comeram R$ 500 em lula à dorê, sendo que ficariam igualmente felizes com Doritos", diz Bruno Marques, pai de três adolescentes.
O Ministério da Saúde emitiu um comunicado para tranquilizar a população, alegando que a TFF desaparecerá no final de janeiro. Mas pede que os brasileiros fiquem em alerta para uma segunda onda da epidemia, que pode acontecer nas férias escolares de julho.
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