No tucanato paulista circula o lembrete de que é injusto atribuir a Geraldo Alckmin maiores relações com Paulo Vieira de Souza, o temível “Paulo Preto”.
Ele foi o condestável da Dersa, a estatal das rodovias paulistas, mas sua ligação política se dava com o senador Aloysio Nunes Ferreira, atual ministro das Relações Exteriores.
LULA E A VERDADE
Quem se der ao trabalho de ler a íntegra do discurso de Lula antes de se entregar à Polícia Federal verá que pela primeira vez ele reconheceu publicamente a derrota da greve que comandou em 1980.
Nas suas palavras:
“Ninguém aguentou 41 dias porque na prática o companheiro tinha que pagar leite, tinha que pagar a conta de luz, tinha que pagar gás, a mulher começou a cobrar o dinheiro do pão, ele então começou a sofrer pressão e não aguentou.
Mas é engraçado porque na derrota a gente ganhou muito mais sem ganhar economicamente do que quando a gente ganhou economicamente. Significa que não é dinheiro que resolve o problema de uma greve, não é 5%, não é 10%, é o que está embutido de teoria política, de conhecimento político e de tese política numa greve.
Agora, nós estamos quase que na mesma situação. Quase que na mesma situação.”
Tradução: Lula acha que transformará a derrota da condenação numa vitória. A ver.
Desta vez “o que está embutido de teoria política” na encrenca é a legitimidade das roubalheiras controladas pelo comissariado petista. Quem testemunha parte delas é Antonio Palocci, ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.
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