� membro da ABL. Come�ou sua carreira no jornalismo em 1952 no 'Jornal do Brasil'. � autor de 17 romances e diversas adapta��es de cl�ssicos.
O tapete vermelho
RIO DE JANEIRO - Entre as coisas que n�o entendo —quase todas— est�o os crit�rios ou a falta de crit�rios das premia��es em geral, desde a do pr�mio Nobel ao Oscar que anualmente a Academia de Hollywood distribui aos que se destacaram nas v�rias categorias que comp�em um filme: roteiro, ator, atriz, diretor, coadjuvante etc.
Em linhas gerais, os premiados ganham status e, de certa forma, criam uma expectativa de qualidade ou emo��o, que acaba valorizando o filme e os que nele trabalharam. E, evidente, n�o s� o Oscar, mas o cinema norte-americano continua sendo o mais influente e copiado em todo o mundo.
Periodicamente, surge um movimento como o expressionismo alem�o ou o neo-realismo italiano, ambos penetraram no pr�prio cinema de Hollywood, mas o arroz e feij�o da ind�stria cinematogr�fica continua a ser a norte-americana e pode ganhar qualquer pr�mio pelo conjunto de obra.
Apesar de sua influ�ncia internacional, numa lista dos cem melhores filmes de todos os tempos, os festivais mais importantes, como o de Cannes, Veneza e Berlim costumam premiar produ��es de outros pa�ses, inclusive alguns ex�ticos.
Como em todas as avalia��es, inclusive na ci�ncia, na literatura e at� na paz, as injusti�as e os equ�vocos, sobretudo a influ�ncia pol�tica ou ideol�gica, nem sempre distinguem os melhores ou os mais importantes.
S� no fim da vida, arrastando os p�s e sem dar muita bola � cerim�nia, Chaplin s� ganhou o pr�mio referente ao conjunto de obra, ao som de uma de suas m�sicas que at� hoje � cantada em boates, festivais, casamentos e at� nas igrejas.
S�o raras as exce��es. Mais raro ainda � o consenso universal sobre determinado pr�mio. Aos poucos, o tapete vermelho, que se torna a passarela da fama, est� superando o pr�prio cinema.
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