![alexandra forbes](http://f.i.uol.com.br/fotografia/2015/05/20/513448-115x150-1.jpeg)
� jornalista gastron�mica, 'foodtrotter' e autora de 'Jantares de Mesa e Cama'. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.
Bartender Al� D'Agostino deixa bar para lan�ar coquet�is engarrafados
Karime Xavier/Folhapress | ||
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O bartender Al� D'Agostino |
O que faz o bartender Al� D'Agostino deixar o comando do bar de um restaurante ic�nico como o paulistano Spot depois de 18 anos de casa? Entre outras coisas, a vontade de lan�ar um neg�cio pr�prio, o Apothek Cocktails & Co., especializado em coquet�is engarrafados —tend�ncia que vem ganhando cada vez mais for�a.
A partir de fevereiro, ele vender� negroni em quatro vers�es diferentes, boulevardier e old fashioned pr�-mixados em garrafinhas seladas com cera, em uma loja f�sica e on-line. "Ainda este ano lan�aremos gim-t�nica, dry mart�ni, manhattan e americano", diz. Seu maior concorrente, a Treze Cocktails —do bartender Fernando Lisboa e dois s�cios—, est� no mercado h� dois anos e tamb�m vende coquet�is cl�ssicos, como negronis, manhattans e godfathers, tanto pela internet como em locais seletos de S�o Paulo, como a Comedoria Gonzalez e o UnderDog Bar.
No bar C�mara Fria, em Moema, nem sequer h� um bartender mixando drinques. Como o foco s�o as cervejas, seus �nicos tr�s coquet�is (long island iced tea e os onipresentes negroni e manhattan) s�o servidos em charmosos vasilhames vintage de cerveja.
O coquetel que mais se presta a ser engarrafado � o negroni, porque tende a ganhar novas camadas de sabor com o passar do tempo. Tanto assim que alguns bares —como o bar., o Tre e o Frank, em S�o Paulo— envelhecem-no em barricas (de diferentes madeiras), o que aporta notas abaunilhadas e um p�lido dul�or.
Mas ser�o os coquet�is pr�-mixados gostosos, al�m de pr�ticos? Se sim, para que servem, ent�o, os bartenders? Estariam se tornando obsoletos? D'Agostino argumenta que o coquetel "fresco" e o engarrafado se equivalem em qualidade (embora possam ter sabor ligeiramente diferente devido � oxida��o), mas que a experi�ncia no balc�o de um bar � insubstitu�vel. Concordo com ele. Metade da gra�a de tomar um drinque bem-feito est� em observar o gestual do bartender, um �gil e elegante bal�.
Em um bar, aprecio todo o ritual, do tilintar da bailarina girando numa jarra ou o vigoroso chacoalhar de uma coqueteleira �s firulas na hora de decorar com twists e ervas. Mas em casa, onde reina o improviso, coquet�is em garrafinhas permitem receber amigos no piloto autom�tico: � s� gelar, abrir, verter e beber!
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