� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Debates relevantes n�o podem ser submetidos � l�gica da radicaliza��o
Completamos um ano de um novo governo no pa�s. � imposs�vel n�o reconhecer os desafios vencidos nesse per�odo.
Reformas importantes foram apresentadas pelo governo e est�o sendo debatidas no Congresso e pela sociedade.
� o caso da reforma pol�tica, que avan�a no Parlamento e visa garantir mais legitimidade e transpar�ncia � nossa representa��o parlamentar.
A constata��o da necessidade de reformas em diversas �reas da vida brasileira n�o significa, no entanto, a defesa irrestrita de todos os aspectos das propostas colocadas pelo Executivo.
� preciso reconhecer a legitimidade de discord�ncias pontuais de aspectos das propostas em discuss�o.
H� semanas defendi, aqui mesmo, altera��es na reforma da Previd�ncia que contemplassem a manuten��o do Benef�cio de Presta��o Continuada, mudan�as na aposentadoria para o trabalhador rural, na idade das mulheres e nas regras de transi��o.
O que n�o podemos perder de vista � que governos s�o feitos de coragem ou de in�rcia, e o governo atual tem o m�rito do destemor de propor as reformas que, embora presentes no discurso de governos anteriores, nunca sa�ram do papel. Essa � a diferen�a entre um governo imobilizado pela ideia de perpetua��o de um projeto de poder e um governo disposto a assumir o �nus da responsabilidade.
Em respeito � import�ncia das discuss�es que est�o ocorrendo no Congresso e na sociedade, � fundamental que haja um esfor�o de todos para que debates t�o relevantes n�o sejam reduzidos e submetidos � l�gica da radicaliza��o excludente presente hoje na sociedade brasileira.
Vivemos um acirramento no campo pol�tico onde, infelizmente, predominam acusa��es de toda sorte, sem que haja ainda interesse sincero em realmente conhecer contextos e conte�dos objetivos de dela��es que citam centenas de pessoas.
O ambiente de radicalismo instalado no pa�s faz com que decis�es da Justi�a ou do Congresso sejam avaliadas n�o pela sua consist�ncia legal ou relev�ncia para o fortalecimento da nossa democracia, mas apenas por algum efeito pontual imediato que, na opini�o de alguns, poderiam causar.
Assim, no ambiente de superficialidade em que temas importantes t�m sido tratados, encontra-se o paradoxo de ver uma mesma medida sendo celebrada ou criticada pelas mesmas pessoas, apenas em fun��o de quem poderia ser aparentemente beneficiado ou prejudicado por ela.
Em um momento crucial como o que vivemos, com diferentes e simult�neas frentes de debates, acima de arroubos pol�ticos, premissas e conquistas da cidadania precisam ser respeitadas como alicerces de defesa de direitos dos trabalhadores, dos cidad�os e do Estado democr�tico de Direito.
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