� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
� preciso trabalho para a recupera��o que desponta na economia
Ingrid Fagundez/BBC Brasil | ||
An�ncios de ofertas de emprego em poste no centro de S�o Paulo |
Os primeiros sinais de retomada da economia, que vinham despontando de maneira t�mida, est�o agora se confirmando. Felizmente, o Brasil parece ter come�ado a deixar para tr�s a grave crise econ�mica que paralisou o pa�s e sacrificou milh�es de fam�lias. Mas n�o nos iludamos: o caminho da recupera��o ser� �rduo, demorado e cheio de obst�culos.
A economia se move por atitudes e, sobretudo, por expectativas. Com o PT no governo, elas eram as piores poss�veis. A mudan�a de gest�o, o firme apoio do PSDB e a constru��o de uma s�lida base de apoio no Congresso cuidaram de dar o primeiro sopro de alento. Mas as dificuldades no mundo real eram tamanhas que a recupera��o demorou mais do que se imaginava.
No entanto, os �ltimos dias apresentaram indicadores que merecem ser reconhecidos, a despeito de ainda nos depararmos com um quadro bastante ruim no mercado de trabalho —com empregos voltando a ser eliminados em mar�o, esse continua sendo o principal desafio que o pa�s precisar� vencer.
O sinal alentador mais recente veio do �ndice de atividade econ�mica do Banco Central, que em fevereiro apontou expressiva alta frente a janeiro.
A isso somam-se a queda dos juros e a convers�o da infla��o oficial para a meta, depois de anos de flerte com o descontrole. Tais conquistas abrem espa�o para que o governo gaste menos com sua d�vida, as fam�lias voltem a consumir e as empresas retomem seus investimentos. Um ciclo virtuoso.
Se confirmado o crescimento do PIB nestes primeiros tr�s meses do ano, o pa�s ter� encerrado uma sequ�ncia de 11 trimestres seguidos de quedas na economia, pondo fim � maior e mais duradoura recess�o de d�cadas. Uma crise que empobreceu os brasileiros, aumentou a desigualdade social e deixou milh�es sem trabalho.
Mas n�o nos enganemos: h� muito ainda a ser feito. Al�m do desemprego que precisa ser vencido, temos governos (tanto o federal quanto os estaduais) com finan�as arruinadas e avan�os importantes a realizar para recolocar o pa�s em condi��es de produzir com competitividade.
De todo modo, o mundo real j� est� nos dando um recado claro: precisamos, todos, trabalhar para apoiar a recupera��o que apenas desponta.
No Congresso, cabe-nos agir com responsabilidade redobrada. Fazer a reforma da Previd�ncia, garantindo direitos importantes dos brasileiros, modernizar nossa legisla��o trabalhista e simplificar urgentemente nosso sistema tribut�rio s�o iniciativas essenciais para ampliar a capacidade de crescimento do pa�s, reativar a gera��o de empregos e proteger a parcela da popula��o que precisa do apoio do Estado.
Assim, o pior ter� virado apenas hist�ria, para ser conhecida e nunca mais repetida.
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