� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
H� um debate a ser enfrentado independentemente de prefer�ncias pol�tico-partid�rias
H� semanas, fiz um alerta para a atualidade de um antigo debate: o da verdade contra a mentira. Infelizmente, hoje, tudo se embaralha. E perde-se a no��o de onde terminam os fatos e come�am as vers�es que n�o guardam qualquer parentesco com a realidade.
Meu nome esteve em evid�ncia nos �ltimos dias associado aos depoimentos de executivos da Odebrecht ao TSE.
As afirma��es de Marcelo Odebrecht, de que as doa��es feitas � minha campanha em 2014 foram legais, foram ignoradas. Da declara��o dele, de que eu teria solicitado apoio de R$ 15 milh�es e que esse apoio n�o foi efetivado, foi divulgada apenas a primeira parte.
Em depoimento tamb�m ao TSE, o executivo Benedicto J�nior disse que eu teria solicitado apoio para candidatos de Minas. E que esse apoio teria sido feito via caixa dois. Ele n�o disse que eu teria feito pedido de caixa dois. Ainda assim, foi essa falsa vers�o que ganhou o notici�rio.
N�o se trata mais de vazamentos seletivos, mas de vazamentos fraudados.
Pelo sistema que vigorou at� 2014, era responsabilidade dos partidos buscar recursos junto a empresas para financiar suas campanhas. Essa era a lei.
Qualquer solicita��o de apoio que, como presidente do PSDB, eu possa eventualmente ter feito em favor de candidatos, ter� sempre sido na forma legal. N�o ofereci em troca benesses de um poder que eu nem sequer tinha.
H� meses, vazamentos conden�veis est�o sendo usados para tentar igualar dela��es, muitas vezes apenas de ouvir falar, a comprovados esquemas bilion�rios de corrup��o. Ser� justo que o "ouvi falar", a aus�ncia de provas, justifiquem o mesmo tratamento de den�ncias comprovadas? Ser� que ser equilibrado � tratar da mesma forma situa��es completamente diferentes?
Continuo defendendo firmemente o prosseguimento das investiga��es e reitero minha confian�a de que as institui��es ir�o apurar a verdade e separar joio de trigo.
O PSDB estar� pronto para, sempre que necess�rio, responder �s acusa��es de que � alvo, na certeza de que elas n�o ir�o prosperar ap�s o severo exame da Justi�a.
Mas cabe aqui a analogia do arqueiro: a flecha atirada n�o volta para o arco. No seu rastro, o que fica � a reputa��o comprometida e o questionamento da opini�o p�blica.
Para todos que exercem a vida p�blica, dois ju�zos s�o igualmente importantes: o da Justi�a e o da popula��o. Ser absolvido no primeiro, ap�s ter sido apressadamente condenado no segundo, n�o far� justi�a. Esse � um debate que precisa ser enfrentado, independentemente de prefer�ncias pol�tico-partid�rias ou mesmo pessoais.
O direito de defesa n�o pode ser reduzido � ret�rica in�cua ou a um detalhe secund�rio em uma sociedade que se pretenda democr�tica.
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