� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Prefeitos eleitos t�m pela frente cen�rio de governan�a desafiador
Os milhares de prefeitos j� eleitos —e os candidatos que ainda sair�o eleitos pelas urnas no 2� turno— t�m pela frente um cen�rio de governan�a extremamente dif�cil e desafiador.
Em resumo, ter�o que lidar com os dram�ticos efeitos, sobre a administra��o de suas cidades, da pior recess�o das �ltimas d�cadas, infla��o alta, paralisia de investimentos, endividamento e inadimpl�ncia da popula��o. E, em especial, com o desemprego em escalada, que alcan�a hoje cerca de 12 milh�es de brasileiros.
Tudo isso vem afetando diretamente a vida nas cidades, que ficou muito mais penosa e dif�cil para a popula��o. E compromete tamb�m as tarefas e os servi�os mais b�sicos sob responsabilidade direta das prefeituras.
Como se sabe, somos um pa�s de milhares de pequenos munic�pios ainda quase totalmente dependentes dos repasses do fundo de participa��o, que vem tendo queda significativa. Soma-se nesse contexto a cr�nica incapacidade do governo federal de ressarcir e compensar as desonera��es feitas a esmo nos �ltimos anos e que atingiram a arrecada��o de Estados e munic�pios e a do pr�prio pa�s durante o ciclo de governos petistas.
Acrescenta-se � diminui��o das receitas repassadas �s prefeituras, os milhares e milhares de pequenos neg�cios locais engolfados pela recess�o e que acabaram fechando suas portas, al�m dos empreendimentos de porte que patinam sem confian�a ou capacidade de investir.
Como se isso n�o bastasse, al�m da impossibilidade de realizar investimentos, h� hoje pelo menos 13 Estados com dificuldade de manter a folha de pagamento em dia e com crescente precariza��o dos servi�os p�blicos em �reas cruciais, como sa�de e seguran�a.
Ou seja, cada vez mais h� insufici�ncia de recursos para fazer o b�sico em uma hora em que as parcelas mais vulner�veis da popula��o precisam tanto da a��o efetiva do poder p�blico para minimizar suas dificuldades.
Considerando esse cen�rio de m�ltiplas perdas, o princ�pio cl�ssico mobilizador das gest�es modernas, "fazer mais e melhor, com menos", precisar� ser al�ado dos discursos generalistas e dos manuais te�ricos de reengenharia governamental para o dia a dia e a realidade das administra��es municipais.
Austeridade, transpar�ncia, efici�ncia, controle rigoroso e qualidade do gasto p�blico n�o comp�em apenas mais um elenco de escolhas ou de um modelo de gest�o. Tornaram-se obriga��es e o �nico caminho poss�vel para vencer a ingovernabilidade.
Dizem que em toda experi�ncia h� sempre algum ganho. Nesse caso, talvez seja esta a li��o que precisamos aprender depois de anos
e anos de farra dos gastos p�blicos e lament�vel irresponsabilidade.
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