� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Foco
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
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Pessoas buscam trabalho em an�ncios no centro de S�o Paulo |
O pa�s est� perdendo um tempo precioso no combate � crise gigantesca que nos foi legada. Quanto antes fizermos o que precisa ser feito, mais cedo conseguiremos reconquistar o crescimento, reativar a produ��o e, assim, gerar os empregos que os brasileiros precisam.
O estrago � imenso e tem no rombo acumulado nas contas p�blicas desde 2014 a sua melhor tradu��o. Ser�o quatro anos seguidos de deficits, que resultar�o num buraco que deve superar R$ 440 bilh�es.
Diante disso, a prioridade m�xima agora � controlar gastos para conseguir produzir algum equil�brio. Essa � uma exig�ncia de toda a sociedade brasileira.
A solu��o para um desafio desta magnitude n�o vir� de imediato. Ter� que ser constru�da arduamente, passo a passo. Mas � preciso tra�ar desde j� os caminhos a seguir, definir os objetivos e perseverar na busca dos resultados. O �mpeto precisa ser redobrado. E n�o � o que tem transparecido.
Em toda mudan�a h� sempre interesses que acabam sendo contrariados, h� press�es diversas mobilizadas e naturais resist�ncias �s transforma��es que se fazem necess�rias, algumas delas muito antigas. Quase sempre, faltaram coragem e decis�o para reconhecer e enfrentar os problemas como eles s�o. At� que, acumulando impactos negativos de toda ordem, acabam se impondo por si s�.
� o caso das presentes discuss�es em torno da renegocia��o das d�vidas estaduais e da proposta de emenda constitucional que cria um teto para a evolu��o das despesas p�blicas. Oportunidade �nica para recolocar a responsabilidade no trato do dinheiro p�blico — ou seja, o dinheiro de todos os brasileiros — como primeiro item da lista de prioridades do pa�s.
� preciso ter disposi��o e exibir musculatura para enfrentar o combate de grupos articulados, corpora��es resistentes e derrubar ideias e posturas preconcebidas que apenas escamoteiam os desafios do pa�s e s� servem para protelar as solu��es. A batalha � dura, mas precisa ser travada. J�.
Ao longo das �ltimas semanas, assistimos a uma s�rie de amea�as �s respostas que precisam ser dadas para que possamos superar os impasses que vivemos.
Corremos risco de jogar por terra um elenco de iniciativas destinadas a sanear as contas p�blicas, disciplinar os gastos e, assim, liberar mais recursos para o que realmente interessa: prestar melhores servi�os � popula��o.
Todos ganharemos se prevalecer um regime de efetiva austeridade, mais rigor sobre as despesas e se os gestores p�blicos dispuserem de instrumentos legais para fechar as torneiras. � hora de o pa�s retomar o caminho da responsabilidade fiscal e o dinheiro pago como tributo voltar a ser tratado com transpar�ncia e o respeito que merece.
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