� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Indicadores econ�micos trazem algum alento
Ainda n�o d� para comemorar, mas pelo menos j� � poss�vel ter um pouco mais de esperan�a na lenta e dif�cil recupera��o econ�mica do Brasil.
Ap�s dois anos engolfado pela cr�nica m� gest�o e adernado em contradi��es, descr�dito e desconfian�a, o pa�s consegue, pela primeira vez nesse tempo, estabilizar a curva abissal da crise, que soma recess�o profunda, desemprego crescente e infla��o alta.
Se ainda � muito cedo para se pensar em um in�cio de revers�o, � hora de saudar os primeiros indicadores de recupera��o da confian�a.
� evidente que, mesmo sofrendo os tradicionais efeitos da transitoriedade, o governo Temer tem responsabilidade nesta mudan�a de humor e de expectativa. Ningu�m questiona os acertos da escolha da equipe liderada por Henrique Meirelles e os esfor�os para colocar em ordem os fundamentos da economia.
Myke Sena/FramePhoto/Folhapress | ||
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente interino, Michel Temer, conversam no Planalto |
Institui��es importantes como a Funda��o Get�lio Vargas, entre outras, atestam simultaneamente os sintomas de algum alento no horizonte do curto prazo. O primeiro deles e o mais importante � um recuo menor do PIB do ano, que deve fechar com uma retra��o de 3,5% e n�o mais de 4% como havia previsto antes. J� nas contas do governo, a retra��o seria ainda menor, de 3,1%.
O melhor, no entanto, � a proje��o de que podemos voltar a crescer algo em torno de 1,5% j� no ano que vem, segundo os dados do Instituto Internacional de Finan�as, que re�ne os 500 maiores bancos do mundo e acompanha a evolu��o dos pa�ses neste campo espec�fico. � uma proje��o no m�nimo ousada e surpreendente, para os que esperavam uma trajet�ria muito mais penosa at� a efetiva retomada dos investimentos.
H� outros dados internos, como os da ind�stria automotiva, que apontam o mesmo caminho, com uma razo�vel probabilidade de retomada das vendas. E estudos s�rios, indicando o retorno gradual do investimento estrangeiro j� nos pr�ximos meses. Por tudo isso, o chamado "risco Brasil" tamb�m caiu de forma relevante agora.
Todo esse novo cen�rio j� reflete um in�cio de mudan�a da percep��o dos brasileiros, segundo o Datafolha. Agora, 38% j� acreditam que a situa��o vai melhorar; 15% esperam que a infla��o diminua; 20% contam com um desemprego menor.
N�o � muito e ainda prepondera, � claro, no geral, um clima de pessimismo e desilus�o. Importa saber, no entanto, que j� foi muito pior. E pelo menos n�o estamos mais � deriva.
J� abordei aqui a necessidade de o novo governo dialogar com a popula��o para dar a verdadeira dimens�o dos problemas e dos desafios. Como se sabe, n�o h� solu��es e sa�das f�ceis. Mas tamb�m n�o h� outro caminho sen�o fazer o que precisa ser feito. Com convic��o e coragem. E sem perda de tempo. � o que o Brasil exige.
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