� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Consensos
Em meio � tempestade provocada pelas crises brasileiras, alguns consensos v�o se formando sobre desafios e caminhos poss�veis para o pa�s.
H� consenso, por exemplo, de que a produtividade m�dia no Brasil � muito baixa para uma na��o ainda com elevada propor��o de jovens, e que isso se deve a v�rios fatores, entre eles, a baixa escolariza��o da nossa popula��o.
Tamb�m sabemos que, com esgotamento do b�nus demogr�fico -o contingente recorde de pessoas em idade ativa- o PIB tender� a crescer menos no longo prazo e aumentar� demanda por despesas previdenci�rias e de sa�de.
� opini�o dominante que empreender no Brasil � tarefa para poucos, dado os obst�culos � inova��o -excesso de regras federais, estaduais e municipais; leis trabalhistas complexas; aus�ncia de um mercado de capitais eficiente, que viabilize investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em infraestrutura tecnol�gica por parte das empresas.
Ningu�m duvida que o Estado � provedor de servi�o ineficiente e que seu gigantismo deprime perspectiva de crescimento de longo prazo, que � necess�rio mais agilidade e pol�ticas para o futuro.
Ou que a excessiva tributa��o desestimula o esfor�o e o ac�mulo de poupan�as daqueles que s�o tributados, dirigindo recursos para quem n�o deveria estar sendo subsidiado.
Pois bem. Sendo tudo isso mat�ria prima para a forma��o de alguns importantes consensos, o que, afinal, estamos esperando para mudar o rumo das coisas no pa�s?
A lista de reformas � extensa e complexa, mas imprescind�vel para aumentar a efici�ncia da economia e criar novos fatores de propuls�o do crescimento econ�mico. E isso exigir� mudan�as estruturais, muito especialmente dos marcos regulat�rios existentes, para, por exemplo, garantir uma efetiva independ�ncia �s ag�ncias reguladoras, assim como a extin��o de "cart�rios" garantidos por lei.
� imperativo preservar direitos dos trabalhadores mas tamb�m melhorar a legisla��o trabalhista brasileira, que imp�e custos que inviabilizam competi��o em mercado globalizado. E avan�ar mais na reforma fiscal, para al�m do teto de despesas p�blicas. N�o h� como adiar reforma previdenci�ria, que precisa ser enfrentada com coragem social.
Esses s�o apenas os primeiros passos na dire��o de um Estado mais eficiente, capaz de oferecer prote��o aos mais fr�geis e um real compartilhamento de riscos.
Ousadia, esp�rito p�blico, lideran�a pol�tica, transpar�ncia, compromisso com o futuro e capacidade de di�logo s�o condi��es imprescind�veis para pavimentar um modelo de desenvolvimento sustent�vel.
Com isso, o Brasil ir� construir as bases para enfrentar os desafios que ainda nos aguardam no s�culo 21.
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