� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Nova governan�a
A not�cia impressiona: sem condi��es de manter suas opera��es de rotina e trabalhando no vermelho, os Correios podem recorrer a empr�stimos para pagar at� os sal�rios dos empregados. O que acontece com uma empresa, at� pouco tempo uma das mais admiradas pelos brasileiros, em fun��o de um hist�rico de confiabilidade, � o retrato sem retoque do avan�o predat�rio de um governo sobre a riqueza p�blica.
S�o muitas as companhias em risco. Gest�es ineptas e pol�ticas agressivas de apadrinhamento, sem compromisso com a qualidade dos servi�os e a obten��o de resultados para a sociedade, tornaram-nas epicentro de corrup��o e de preju�zos milion�rios.
Os n�meros s�o assustadores. A Eletrobras registrou R$ 3,9 bilh�es negativos no primeiro trimestre; a Petrobras R$ 35 bilh�es, em 2015, e mais R$ 1,2 bilh�o no primeiro trimestre.
A esse cen�rio some-se o descalabro dos fundos de pens�o, resultante da nefasta combina��o de incompet�ncia e m� f�, que roubou direitos e a tranquilidade de trabalhadores que dedicaram honestamente sua vida ao pa�s.
A dram�tica situa��o dos fundos e das estatais precisa ser conhecida por um n�mero maior de brasileiros. N�o � uma realidade que pode ser percebida apenas pelas cifras bilion�rias dos preju�zos contabilizados. O que se perdeu nessa importante frente do desenvolvimento nacional na �ltima d�cada custa ainda mais caro ao pa�s.
Se n�o h� nada que possa impedir o malfeito j� feito, � preciso impedir que volte a acontecer.
Nesse sentido, vale conhecer melhor iniciativas em curso no Congresso que estabelecem novas regras para a ocupa��o dos cargos de dire��o das empresas e de seus conselhos. O objetivo � resguard�-las do aparelhamento pol�tico e dos neg�cios desastrosos.
A C�mara analisa esta semana projeto que teve aprova��o un�nime no Senado e altera de forma substancial a governan�a interna dos fundos de pens�o das estatais. Duas grandes inova��es que marcam uma nova era est�o presentes no projeto: a inclus�o de conselheiros independentes e o aprofundamento da profissionaliza��o nas diretorias.
Membros independentes no Conselho do Postalis, por exemplo, certamente teriam questionado investir recursos dos trabalhadores dos Correios em t�tulos do governo da Venezuela.
As essas iniciativas somam-se outras, da CPMI de Fundos de Pens�o, que garantem mais poderes a participantes e assistidos desses fundos e cria um comit� de investimentos. Hoje, membros de diretoria, sozinhos, decidem o destino de bilh�es.
As empresas p�blicas nacionais n�o pertencem a um governo, nem a um partido. A prioridade deve ser uma s�: elas precisam voltar a ser p�blicas e servir aos reais interesses dos brasileiros.
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