� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Reconstru��o do Brasil
O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso deixou para o governo Lula, em 2003, um super�vit prim�rio de 3,25% do PIB, equivalente a quase R$ 200 bilh�es pelo PIB atual, al�m de mudan�as institucionais importantes, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000. Todo esse esfor�o foi jogado fora pelos governos do PT, desde 2009.
Interven��o em setores importantes da economia, controle nos pre�os da gasolina e energia, desequil�brio financeiro das estatais e recorrentes truques cont�beis para esconder da sociedade a gravidade do quadro que estava se formando nos trouxeram � crise econ�mica atual.
A presidente Dilma deixou para o presidente Temer um governo devastado -um rombo que n�o inclui o pagamento de juros e que pode chegar a R$ 170 bilh�es neste ano, decorrente, entre outras coisas, de um or�amento elaborado com receitas superestimadas em mais de R$ 140 bilh�es, despesas obrigat�rias subestimadas em R$ 40 bilh�es e despesas atrasadas superiores a R$ 15 bilh�es.
A situa��o fiscal dos Estados tamb�m � extremamente grave. Em muitos, h� atrasos recorrentes no pagamento de pessoal e o risco de atrasos no pagamento dos aposentados.
Apesar de tudo isso, o momento agora � outro e n�o podemos continuar imobilizados no pessimismo. O governo Temer tem o importante dever de explicitar para a sociedade a heran�a maldita recebida e enviar rapidamente propostas de reformas profundas para o Congresso. O �xito do governo e do pa�s dependem disso.
Quando aceitamos o convite para que o senador Aloysio Nunes, um dos mais qualificados quadros do PSDB, assumisse a lideran�a do governo no Senado, o fizemos para conectar a agenda de reformas do governo �s propostas que hav�amos levado a debate nas elei��es de 2014 -entre elas a coragem para enfrentar uma reforma pol�tica que restabele�a as condi��es m�nimas de governabilidade no pa�s.
Pouco mais de dois anos n�o ser�o suficientes para reverter todas as pol�ticas equivocadas colocadas em pr�tica at� aqui. Mas � crucial realizar um grande esfor�o de melhoria das rela��es pol�ticas para que a moderniza��o da economia, o aumento do investimento e a recupera��o do crescimento tenham rein�cio imediato.
� essa agenda que permitir� a retomada da redu��o da pobreza e a queda na desigualdade de renda, conquistas que acabaram em risco, com a grave crise econ�mica produzida pelos �ltimos governos.
O destino e a hist�ria nos deram uma nova chance e, nesse quadro de enormes dificuldades, o Parlamento, mais do que nunca, deve ser o reflexo do que a sociedade pensa e exige.
N�o h� tempo a perder, os caminhos j� s�o conhecidos. � preciso, por�m, que haja coragem para percorr�-los.
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