� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Novos caminhos
Os primeiros dias do governo interino de Michel Temer demonstram a encruzilhada onde o Brasil est� paralisado.
Do ponto de vista da governabilidade, vivemos -pa�s, Estados e munic�pios- aut�ntico regime de cr�nicos d�ficits, com dram�tica queda de receitas, imposta pela recess�o profunda, contas estouradas e quase sem investimento.
Na maioria dos Estados, a situa��o geral � de enorme dificuldade. E at� mesmo para aqueles que n�o frequentam, ainda, a proximidade do abismo h� uma situa��o de grande pen�ria e frustra��o.
No plano nacional: d�ficit infinitamente maior do que o maquiado pela gest�o Dilma Rousseff, que atinge quase duas centenas de bilh�es.
Quando se sai das estat�sticas para a realidade, o cen�rio � de terra arrasada. Obras paradas pelo pa�s afora, cr�nica precariza��o dos servi�os p�blicos, dificuldades imensas para fazer o b�sico.
Apesar do novo quadro pol�tico e a expectativa de distens�o, o Brasil navega em mar de cont�nua incerteza, agravada pela realidade encontrada agora pela nova gest�o.
Al�m de mergulhar na busca de supera��o dos impasses do Executivo, como o gigantismo da m�quina, o uso partid�rio de recursos p�blicos e as duvidosas escolhas de prioridades, o governo deve se voltar para duas outras �reas: a sociedade e o Congresso.
H� na pr�pria sociedade, nas universidades e em outros espa�os, in�meras iniciativas desenvolvidas por meio de parcerias, com resultados j� testados, medidos e conhecidos, que podem ser ampliadas e, assim, colaborar para a busca de solu��es para alguns dos problemas que enfrentamos.
Esse � o caminho para que a nossa sociedade organizada seja respeitada como protagonista, ao inv�s de ser vista apenas como massa de manobra a ser conquistada.
Al�m da altera��o de �nimo que a simples mudan�a na Presid�ncia j� trouxe, � preciso, ainda, que o governo aponte de forma clara quais s�o as suas prioridades para a agenda legislativa deste ano. Dois projetos aprovados no Senado e aguardando vota��o na C�mara poderiam sinalizar de forma definitiva que est� em curso no Brasil nova vis�o do Estado e de seu verdadeiro papel. Trata-se da governan�a das estatais e dos fundos de pens�o, com a introdu��o de revolucion�rios instrumentos de efici�ncia e transpar�ncia e o resgate da meritocracia em substitui��o ao nefasto aparelhamento pol�tico a que foram submetidos nos �ltimos anos.
Com o respeito da opini�o p�blica e de parte importante do Parlamento, que est� ciente da gravidade da hora e de suas responsabilidades, talvez seja poss�vel inaugurar a abertura de um ciclo novo, promissor. Onde se fa�a tudo o que precisa e � poss�vel ser feito para salvar o pa�s.
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