� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Mudan�a de rumo
Qual � o lugar que queremos para o Brasil no mundo?
Depois de 13 anos de uma pol�tica externa subordinada a uma plataforma partid�ria, sem conex�o real com os interesses do pa�s e com a integra��o econ�mica no mercado global, finalmente se anuncia uma mudan�a nos rumos do Itamaraty.
O discurso de posse do ministro Jos� Serra sinaliza com clareza um novo posicionamento: sai de cena a diplomacia alimentada por afinidades ideol�gicas, cujo maior feito foi nos isolar, restaurando-se a consci�ncia de que a pol�tica externa deve servir ao Estado e aos interesses leg�timos do conjunto da sociedade.
O Brasil tem, por sua complexidade e potencial, a obriga��o de ampliar a sua inser��o no com�rcio internacional. No percurso err�tico dos �ltimos anos, deixamos de firmar parcerias que multiplicariam oportunidades para o pa�s.
H� muito tempo o Brasil n�o firma acordos comerciais expressivos, alinhado a pa�ses com baixa taxa de crescimento e alta voltagem ideol�gica, como a Venezuela, e subestimando uma aproxima��o com na��es mais din�micas da Alian�a do Pac�fico. O resultado � que ficamos para tr�s, vinculados ao Mercosul e �s suas exig�ncias de exclusividade.
� hora de recuperar o tempo perdido. N�o se trata de virar as costas para as rela��es sul-sul, que ter�o sempre sua import�ncia, ou de desprezar as parcerias com nossos vizinhos mais estrat�gicos, como a Argentina, que devem ser fortalecidas. Mas � hora de ampliar nossa presen�a em outras regi�es do planeta.
� importante saber que essa mudan�a n�o ser� feita sem cr�ticas, que j� come�aram. Mas basta olhar para o conjunto da obra realizada por nossa pol�tica externa na �ltima d�cada para constatar a fragilidade dos argumentos que v�m sendo utilizados em sua defesa.
Para a combalida economia brasileira, a abertura e a amplia��o de mercados v�o contribuir para soerguer diversos setores, viabilizando, inclusive, o aumento da produtividade do parque industrial brasileiro. Isso porque os acordos externos n�o devem ser vistos apenas por seus impactos na balan�a comercial mas tamb�m pelo acesso a tecnologias avan�adas e mercados sofisticados que podem propiciar. Tudo isso � sin�nimo de investimentos, moderniza��o, gera��o de empregos.
O caminho para a reinser��o do pa�s nas cadeias globais de produ��o � longo. O Brasil tem reconhecidamente uma das economias mais fechadas do mundo. E muita coisa precisa mudar. Nenhum acordo comercial ser� virtuoso se n�o formos mais produtivos e competitivos. Precisamos construir um protagonismo equivalente aos nossos potenciais e � nossa import�ncia. Isso s� poder� ser feito com o resgate da credibilidade e da responsabilidade.
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