� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Ep�logo
Talvez nunca tenha havido um quadro de tamanha deteriora��o dos princ�pios de governan�a, como o que vive o pa�s atualmente.
N�o bastassem os esc�ndalos em s�rie que nos pautam todos os dias; o impasse pol�tico que deriva de um governo desacreditado e incapaz; o descalabro administrativo e o desastre econ�mico gestados pela incompet�ncia e arrog�ncia, a presidente Dilma Rousseff caminha para encerrar prematuramente o seu segundo mandato tomada por rara irresponsabilidade p�blica.
Ningu�m mais desconhece a dimens�o e a gravidade dos problemas que assolam o Brasil. O pa�s est� mergulhado em recess�o profunda, taxas de desemprego recorde, fam�lias endividadas e crise social aguda.
As contas p�blicas arruinadas atingem a credibilidade do pa�s. Nos aproximamos do risco de insolv�ncia, se n�o houver conten��o imediata e firme do aut�ntico domin� de malfeitos que fez sucumbir a mais promissora das economias entre na��es emergentes.
Frustraram-se, mais uma vez, os que guardavam alguma esperan�a de que, nesta reta final, o governismo pudesse oferecer aos brasileiros a generosidade que jamais demonstrou ter at� aqui e agisse pensando primeiro no pa�s que aderna e n�o exclusivamente nas desesperadas tentativas de sobreviv�ncia no poder. Ou recuasse do passo seguinte, de impor dificuldades e constrangimentos ao seu sucessor legal.
Ledo engano. O que se v� � a primeira mandat�ria decidindo, �s v�speras do seu prov�vel afastamento, uma s�rie de medidas que n�o encontra lastro poss�vel nos combalidos cofres p�blicos. Ou seja, at� o �ltimo momento, prevalece a miopia do ganho pol�tico a qualquer pre�o.
O impeachment � nesse momento a sa�da constitucional que se imp�e a um governo que, por seus pr�prios erros e ilegalidades cometidas, perdeu a autoridade para nos tirar da imensa crise na qual ele nos mergulhou.
O discurso recente da austeridade e da responsabilidade para debelar a crise mostra-se agora mais falso do que nunca e se desmancha com o retorno sem constrangimentos da velha m�xima: "Entre o PT e o Brasil, ficamos com o PT", n�o importando as consequ�ncias perversas que algumas dessas medidas de�ltima hora poder�o trazer ao pa�s.
Se o mandato da presidente Dilma Rousseff caminha para o seu fim, os brasileiros, e em especial aqueles que a ela deram seu voto, mereceriam neste instante grave da vida nacional gestos de grandeza que faltaram em outros momentos, como, por exemplo, em se confirmando seu afastamento, uma transi��o digna e republicana, onde os interesses do pa�s, ao menos desta vez, ficassem em primeiro lugar.
A hist�ria saber� registrar.
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