� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
O amanh�
Escrevo este artigo com a televis�o ligada e, assim como milh�es de brasileiros, aguardo a decis�o final da C�mara dos Deputados em rela��o � admissibilidade do processo de impedimento da presidente da Rep�blica.
Independente do resultado final que, acredito, ser� pelo afastamento, a hora � de serenidade e responsabilidade. N�o h� lugar para vencidos ou vencedores. H� um pa�s que precisa se reencontrar com seu destino, que precisa ser reconstru�do.
Todo processo de afastamento de um presidente acirra tens�es e provoca desgastes na sociedade. Ainda assim, diante da gravidade da crise que vivemos, tais danos s�o menos dolorosos do que o prolongamento da agonia que paralisa o pa�s.
A tarefa de reconstru��o n�o ser� breve, pois estamos diante da maior recess�o da nossa hist�ria. O setor produtivo precisa voltar a produzir, os trabalhadores querem de volta seus empregos, as fam�lias sonham com a queda da infla��o e juros menores para pagar suas d�vidas. As contas p�blicas t�m de ser reequilibradas. � muita coisa a ser feita. Urge que se comece j�. Mas sem ilus�es.
N�o se conserta um pa�s sem um projeto claro e sem coragem para implement�-lo. O que o momento recomenda � uma distens�o no ambiente, de tal ordem que permita a retomada de um debate de alto n�vel, envolvendo toda a popula��o em torno de quest�es centrais.
A sociedade pautou este caminho. Seja nas ruas, em junho de 2013, ao cobrar melhores servi�os p�blicos, ou durante toda a investiga��o da Opera��o Lava Jato e, mais recentemente, ao longo de todo o processo impeachment. E n�o h� volta.
� hora de apresentarmos ao Brasil uma nova e vigorosa agenda. � hora de enfrentarmos o desequil�brio da Previd�ncia, fazermos a simplifica��o do nosso sistema tribut�rio e fortalecermos o papel das ag�ncias reguladoras (independ�ncia e meritocracia), requalificando de forma definitiva a administra��o p�blica.
Al�m disso, uma maior abertura comercial ocasionaria a recupera��o da confian�a, o aumento da taxa de investimento e a consequente recupera��o do emprego. S� assim teremos recursos para garantir e ampliar os programas sociais colocados em risco pela incapacidade desse governo.
N�o h� clima para desordem ou radicalismos. A transi��o que se inicia merece nossas melhores expectativas. A oposi��o, que n�o � benefici�ria do processo de impeachment, n�o fugir� � sua responsabilidade e dar� sua contribui��o para enfrentarmos e vencermos essa crise sem precedentes, na qual a irresponsabilidade dos sucessivos governos do PT nos mergulhou.
Neste momento grave da vida nacional, o PSDB estar� onde sempre esteve.
Ao lado do Brasil.
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