� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Chegou a hora
Esta segunda-feira ficar� marcada na hist�ria do Brasil como o dia da grande escolha. Teremos que decidir, pela representa��o popular no Parlamento, se ser� dado prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, confirmando os flagrantes ind�cios de crime de responsabilidade, ou se ser� arquivado o procedimento constitucional, determinando, ao menos nessa inst�ncia, a continuidade do governo.
Sob exame da Comiss�o Especial desnudam-se irregularidades diversas cometidas contra o pa�s, que h� meses e em cap�tulos deixaram perplexos e indignados os brasileiros e destru�ram por completo a autoridade e a credibilidade da atual mandat�ria, comprometendo a legitimidade do seu mandato.
Estar� em julgamento n�o apenas um estilo de gest�o ou a cren�a em uma ideologia, mas um governo que descumpriu sistematicamente as leis e atropelou a Constitui��o e se serviu de um esquema jamais visto de corrup��o institucionalizada, para financiar seu projeto de poder.
Os argumentos e acusa��es que sustentam o pedido de impedimento da presidente s�o os mesmos que est�o na base das m�ltiplas crises que atingiram o pa�s e o lan�aram no abismo da incerteza e do descr�dito: a mentira, a leni�ncia, o aparelhamento e o compadrio, a inefici�ncia, a demagogia, os desvios de conduta e a arrog�ncia de um governo que n�o se furtou em ultrapassar limites, fez o que quis, como quis e para quem quis, movido apenas pelos seus pr�prios interesses e conveni�ncias.
Tudo, ao final, se resumiu a isso: manobras para manter o poder a qualquer pre�o e a todo custo, ainda que tenha colocado em risco conquistas preciosas dos brasileiros, como estabilidade econ�mica e credibilidade do pa�s.
Enquanto cabala votos e se ocupa do balc�o de trocas e benemer�ncias, o Brasil fica � deriva. N�o h� mais governo, apenas os �ltimos tripulantes no barco adernado, lutando contra o naufr�gio final.
Nas ruas os cidad�os j� disseram o que desejam e o que exigem das nossas institui��es. Que elas cumpram seu papel, com autonomia, responsabilidade e amparo rigoroso nas salvaguardas legais.
Esse � o estado de esp�rito da na��o, que se contrap�e ao esfor�o descomunal e ao mesmo tempo fr�gil da tese do golpismo. Em s� consci�ncia, nem o PT acredita nela.
O fato � que n�o teremos sa�da f�cil pela frente. O essencial, por�m, � retirar o pa�s da paralisia, do marasmo e da letargia a que fomos tragados. Para isso, neste instante, o caminho que se apresenta como o de menor custo � o afastamento da atual presidente pela via constitucional do impeachment.
Com essa decis�o, pelo menos daremos a n�s, brasileiros, a chance de recome�ar.
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