� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
Na contram�o
Na semana passada, o Brasil perdeu o grau de investimento, pelos sucessivos erros de pol�tica econ�mica dos governos Lula e Dilma.
Como se sabe, de 2003 at� 2008, o governo do PT se caracterizou pela continuidade da pol�tica econ�mica do governo FHC. Nesse per�odo, o maior crescimento da economia mundial, o boom de commodities e a melhora da produtividade, fruto de reformas iniciadas no final de d�cada de 1980, nos levaram a conquistar o grau de investimento no auge da crise financeira internacional em 2008.
A partir dali, o presidente Lula come�ou a implementar o programa econ�mico do PT, que partiu da premissa de que o governo � onipotente e decide quem ser�o os vencedores; que taxa de juros poderia ser fixada por decreto; que o aumento da d�vida p�blica e a concess�o exagerada de subs�dios levariam a um maior crescimento; que o controle de tarifas p�blicas poderia conter a infla��o e que o gigantismo do Estado era a �nica forma de aumentar oferta de servi�os de educa��o e sa�de.
O resultado foi que, a partir de 2011, a produtividade parou de crescer, o buraco das contas externas mais do que dobrou –um superavit prim�rio que era de R$ 128 bilh�es em 2011 transformou-se em um deficit de R$ 32,5 bilh�es, em 2014 e a d�vida bruta do Brasil cresceu em mais de R$ 500 bilh�es decorrente de empr�stimos para bancos p�blicos e da concess�o indiscriminada de subs�dios.
O Brasil, j� neste ano, ser� o pa�s emergente com maior endividamento bruto e com a maior conta de juros e, mesmo assim, a presidente Dilma mandou para o Congresso uma proposta or�ament�ria que prev� deficit prim�rio de mais R$ 30 bilh�es e um dr�stico crescimento da despesa.
Que ajuste fiscal � esse?
Ao final, a perda do grau de investimento n�o chegou a ser uma surpresa diante da avalanche de erros, agravada pelo maior esc�ndalo de corrup��o da hist�ria do Brasil, a Lava Jato, e a incapacidade pol�tica deste governo de planejar o futuro e de apresentar um caminho minimamente confi�vel para a supera��o da crise.
Recuperar o grau de investimento exige credibilidade para negociar com o Congresso e com a sociedade um ajuste fiscal estrutural e uma ampla agenda de reformas que aumente a produtividade e acelere o crescimento do pa�s. Falta a este governo compet�ncia, credibilidade e apoio pol�tico para essa tarefa.
Em resumo: em 2008, no auge da crise, o Brasil recebe o selo de bom pagador, fruto das reformas do governo FHC e at� ali mantidas em grande parte pelo governo Lula. Agora, enquanto o mundo se recupera e as principais economias voltam a crescer, o Brasil v� sua nota de cr�dito ser rebaixada. Obra de responsabilidade exclusiva do PT e seus governantes.
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