� senador pelo PSDB-MG. Foi candidato � Presid�ncia em 2014 e governador de Minas entre 2003 e 2010. � formado em economia pela PUC-MG.
E agora, Jos�?
A festa acabou!
O que fazer com tantos sonhos desfeitos? Jos�, Jo�o, Maria, Paulo, Ana, s�o milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.
O pa�s cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no m�s passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos �ltimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regi�es metropolitanas do pa�s. O resultado da gest�o desastrosa do PT n�o poderia ser outro: PIB em decl�nio, infla��o, arrocho fiscal.
� o t�pico quadro de um pa�s em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato � a realidade que se esconde na frieza das estat�sticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas � margem da sociedade e vidas em risco. Uma s� vida em desalinho j� deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?
O desemprego � cruel por v�rias raz�es. Primeiro, pelo efeito domin�: para cada trabalhador que a ind�stria demitiu, outros tantos foram mandados embora nos setores de com�rcio e servi�os. Como a ind�stria vive um de seus piores momentos, � poss�vel imaginar o impacto da redu��o de atividades que ainda est� por vir.
Depois, o drama social. O afastamento dos indiv�duos do seu grupo, o sentimento de fracasso, a desestabiliza��o das fam�lias e o aumento da viol�ncia que decorre do ambiente de tens�o formado. O emprego � o pilar central em torno do qual se estabelece uma rotina e um padr�o de vida. Sem isso, para onde ir e o que fazer?
A realidade � cruel com os mais jovens. Na faixa entre 16 e 24 anos, o desemprego saltou de 11,2% em dezembro para 18,5% em junho �ltimo. Esses jovens haviam optado por se dedicar aos estudos, mas est�o sendo obrigados a ir para o mercado para complementar a renda familiar. Mais gente procurando emprego, menos vagas, menos renda.
Nesse quadro de deteriora��o, aumenta o grau de informalidade da economia e de atividades aut�nomas, sem a prote��o da legisla��o trabalhista. Justo no momento em que o governo muda o acesso ao seguro desemprego.
Sem carteira assinada, sem garantias, e ao deus-dar�, o que ser� de Jos�? Os injusti�ados de sempre est�o pagando a parte mais salgada da conta dos erros e da irresponsabilidade do governo. O n�mero � assustador: a cada dia, 7.000 brasileiros perdem os seus empregos. Os versos do poeta de Itabira parecem ter sido escritos hoje. E agora, Jos�? O riso n�o veio, n�o veio a utopia e tudo acabou, e tudo fugiu, e tudo mofou. E agora?
Em tempo: imposs�vel n�o registrar o constrangedor patroc�nio do BNDES, de R$ 400 mil, � Marcha das Margaridas, em clara manobra de apoio � presidente. Uma pr�tica reincidente, que usa o que � p�blico em favor de uma causa partid�ria. At� quando?
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