Acordo sobre base de lan�amento de Alc�ntara vai ao Congresso em maio
Folhapress | ||
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Vista parcial do Centro de Lan�amentos Espaciais, em Alc�ntara, Maranh�o |
O governo federal quer enviar em maio ao Congresso a nova vers�o do projeto que permitir� a governos estrangeiros o uso da base de lan�amento de foguetes de Alc�ntara, no Maranh�o. A estimativa � de uma receita anual potencial de at� US$ 1,5 bilh�o (R$ 4,5 bilh�es no c�mbio desta quarta, (5).
J� h� conversas avan�adas para que os EUA usem a base, que tem uma das melhores localiza��es para o lan�amento de foguetes com sat�lites do mundo, j� que est� praticamente na linha do Equador e, portanto, no ponto mais pr�ximo da superf�cie em rela��o ao espa�o -gasta-se cerca de 30% menos combust�vel para colocar os artefatos em �rbita.
"Estamos tendo preju�zo com a base fechada", disse o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, chefe de gabinete do Comando da Aeron�utica. Cada lan�amento custa entre R$ 90 milh�es e R$ 480 milh�es, dependendo de sua complexidade.
O uso de Alc�ntara � alvo de longa pol�mica. Em 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi assinado um Tratado de Salvaguardas para que os americanos utilizassem a base com direito a sigilo total de seu equipamento.
Houve forte oposi��o do PT no Congresso ao texto, com apoio de alguns setores militares, que viam na concess�o uma viola��o da soberania brasileira. "Foi uma vis�o errada, pois no mundo todo funciona assim", afirma o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
No governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT), o acordo foi esquecido e um novo neg�cio acabou firmado com a Ucr�nia para o lan�amento de modelos Cyclone-4 em 2004. Onze anos e US$ 500 milh�es depois, o acordo fracassou por problemas t�cnicos, e a ent�o presidente Dilma Rousseff (PT) o cancelou. "Foi um acordo desastroso para o Brasil, e na pr�tica ele tinha as mesmas salvaguardas para os ucranianos de que reclamavam no caso americano", diz o ministro.
J� no governo Michel Temer (PMDB), o Itamaraty retomou os contatos com os americanos. O texto que estava parado no Congresso foi recolhido e est� sendo refeito.
Os EUA est�o na frente para a negocia��o, mas o objetivo � abrir a base, at� porque o programa de ve�culos lan�adores de sat�lites brasileiro ainda n�o se recuperou daexplos�o de um foguete em 2003, que matou 21 t�cnicos.
S� o mercado de microssat�lites de comunica��o � estimado em 4 mil lan�amentos nos pr�ximos anos. Hoje, na regi�o a principal base de lan�amento � em Korou, na Guiana Francesa. O Brasil est� tentando lan�ar seu primeiro sat�lite geoestacion�rio de l� desde o dia 21, mas o pa�s foi engolfado por uma s�rie de greves e protestos devido � crise econ�mica local e a criminalidade, e manifestantes impedem o acesso � base.
"Espero que a situa��o se resolva logo", afirmou Jungmann. O sat�lite trar� independ�ncia �s comunica��es militares e governamentais brasileiras, e expandir� o uso de banda larga de internet para todo o territ�rio nacional. De tecnologia da francesa Thales, com colabora��o brasileira, seu lan�amento custar� R$ 300 milh�es aos cofres do Brasil.
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