Uma pesquisa da plataforma de saúde mental Zenklub mostrou que as mulheres e os jovens de 25 a 34 anos são os profissionais que mais sofrem com exaustão e preocupação constante no trabalho.
O estudo foi feito a partir do IBC (Índice de Bem-Estar Corporativo), que o Zenklub desenvolveu no ano passado com suas equipes de educação corporativa, de medicina e de psicologia em parceria com psicometristas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O instrumento avalia os aspectos relacionamento com líderes, relacionamento com colegas, conflitos, exaustão, preocupação constante, desconexão do trabalho, volume de demanda, autonomia e participação e clareza das responsabilidades.
"O objetivo é que com esses dados as empresas tenham um panorama da saúde mental de seus colaboradores e possam aprimorar a cultura organizacional", diz Rui Brandão, CEO e cofundador da plataforma.
No levantamento, realizado entre os dias 24 e 31 de março deste ano, 500 pessoas —269 homens e 231 mulheres, de 18 a 70 anos— responderam a um questionário com 31 perguntas sobre bem-estar no trabalho. Participaram profissionais em posições de colaboradores e de liderança, das cinco regiões do Brasil, que atuam em áreas como indústria, comércio e serviços.
O resultado mostrou que os aspectos exaustão e preocupação constante contemplam 69% de relevância para trabalhador brasileiro, ou seja, são os dados que mais impactam na média nacional (61,7%). Quando a faceta é exaustão, abordando características marcantes do burnout, o índice é 48,1%.
Apesar de revelar uma melhora de 10,6% em relação à primeira pesquisa (58,7%), realizada no ano passado, o dado ainda traz um alerta para as empresas sobre o risco de estafa de seus trabalhadores.
Já o índice de preocupação constante é de 41,8 e reflete o cenário de pessoas que não conseguem se desconectar do trabalho fora do expediente, realizar pausas e até se sentem culpados ao tirar folgas ou férias. O dado também melhorou 4,7 pontos em relação à pesquisa anterior (46,5), mas segue como fator que impacta o bem-estar do colaborador.
No recorte por gênero, as mulheres tiveram os piores resultados nos índices exaustão (53,3%), preocupação constante (47,3%) e volume de demanda (37,3%). Quando comparado com homens, a diferença média entre as facetas é de aproximadamente 9 pontos percentuais.
Um quadro parecido aconteceu por faixa etária. Enquanto jovens entre 25 a 34 anos tiveram os piores índices de exaustão (52,6%), pessoas de 45 a 70 anos apresentaram melhores resultados em todas as facetas comparáveis.
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