A defesa de um imposto mínimo sobre a riqueza ou uma tributação global dos bilionários foi um dos destaques da reunião dos ministros de finanças do G20 na semana passada.
O debate ocorre ao mesmo tempo em que diversos países implementam o imposto mínimo de 15% sobre multinacionais e a tributação sobre grandes empresas de tecnologia, os dois pilares do acordo fechado no âmbito da OCDE.
Como disse o ministro Fernando Haddad (Fazenda), a tributação mínima global sobre a riqueza poderá constituir um terceiro pilar para a cooperação tributária internacional.
Outros países, como a França, demonstraram apoio ao acordo para taxação das pessoas físicas.
O imposto global poderia ser de 2% da fortuna de bilionários, de acordo com a proposta do economista francês Gabriel Zucman.
A Oxfam Brasil, por exemplo, calcula que um imposto de 5% sobre as pessoas mais ricas do G20 poderia arrecadar dinheiro suficiente para acabar com a fome global e ajudar países de baixa e média renda a se adaptarem às mudanças climáticas, entre outras iniciativas. (leia mais aqui).
Ainda sobre essa questão, teremos neste ano no Brasil a regulamentação da reforma tributária, com a possibilidade de tornar nossa tributação sobre consumo menos regressiva.
Outras iniciativas são a regulamentação das mudanças no IPVA e no ITCMD aprovadas no ano passado pelo Congresso.
Há também a expectativa em relação a uma reforma do Imposto de Renda até o final do atual governo.
A aprovação de projetos como a mudança na tributação nos fundos exclusivos mostra que essa pauta pode caminhar por aqui, apesar de algumas resistências.
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