Organizações internacionais e nacionais de mídia, entre elas a ANJ (Associação Nacional de Jornais), do Brasil, assinaram nesta quinta-feira (2) a Declaração de Santiago + 30, na capital do Chile.
O documento, originalmente publicado sob a liderança da Unesco, em 1994, foi novamente convocado pela organização para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta sexta (3).
O objetivo é reafirmar o "compromisso com uma imprensa livre, um discurso público vibrante e o florescimento das sociedades democráticas na Ibero-América e no Caribe". O foco agora é "o jornalismo diante da crise ambiental".
Entre as entidades signatárias estão a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, em espanhol), a World Association of News Publishers (WAN-IFRA) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Também assinam associações nacionais de mídia em nove países da América Latina e da Europa, incluindo Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Brasil, Colômbia, México, Peru e Equador.
O documento destaca a necessidade de os Estados evitarem polarização política, protegerem jornalistas, garantirem o livre fluxo e acesso à informação pública, apoiarem o jornalismo independente e promoverem negociações equilibradas entre meios de comunicação e empresas tecnológicas.
Às empresas de tecnologia pede-se transparência nas políticas de moderação, combate à desinformação, respeito aos direitos autorais, exploração de novos modelos de negócios sustentáveis e observância dos princípios de concorrência.
Já os meios de comunicação são instados a resistirem à censura e autocensura, defenderem a qualidade e transparência, implementarem protocolos de segurança para equipes e fortalecerem políticas de inclusão de gênero, raça e diversidade. Além disso, são incentivados a explorar novos modelos de negócios e ferramentas para sustentabilidade.
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