Um texto escrito pelo correspondente de mídia da revista americana Vanity Fair, Joe Pompeo, retrata o trabalho difícil dos jornalistas na Faixa de Gaza. Com área menor do que a cidade de São Paulo (SP) e dois milhões de habitantes, o território está sob cerco e ataques aéreos intensos das forças armadas de Israel, que preparam uma invasão terrestre.
São poucos os jornalistas fazendo o trabalho importante de reportar o que ocorre dentro da Faixa de Gaza, escreve Pompeo. A repórter Youmna El Sayed, da Al Jazeera, é uma destas pessoas. No sábado (7), ela transmitia ao vivo quando foi surpreendida por uma bomba lançada no terraço do prédio vizinho. A ação foi capturada pela câmera.
O repórter Rushdi Abu Alouf, da BBC, viveu situação semelhante no dia seguinte. Uma transmissão ao vivo do canal britânico mostra o jornalista palestino se curvando com o impacto de uma explosão causada por ataques israelenses em local próximo.
Outros correspondentes de agências e veículos ocidentais estão no local. Issam Adwan, da Associated Press, agência de notícias estadunidense, descreveu "ruas inteiras reduzidas a escombros" pelos ataques aéreos israelenses. Adeel Zaanoun, da Agence France-Presse, relatou o esforço da equipe médica do hospital Al-Shifa, de Gaza, para receber centenas de feridos.
Fotógrafos no local também têm se empenhado em documentar a situação. Eles retrataram famílias de Gaza chorando a morte de seus familiares e as tentativas de civis de resgatar corpos presos nos escombros.
Segundo contagem do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), morreram ao menos 12 jornalistas desde o início das hostilidades entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.