Para quem gosta de bacon, a Inglaterra é um paraíso culinário –a despeito de toda a chacota que se faz com a culinária britânica. Foram os ingleses que inventaram o bacon, apesar de os americanos levarem a fama, e aqui ele é assunto sério.
Para começar, na definição de bacon, bem mais ampla do que a brasileira.
No Brasil, bacon é sempre uma carne defumada de porco. Segundo a legislação mais recente, só pode ser chamado simplesmente de "bacon" o corte extraído da barriga do animal; variações, como o bacon de costela e o bacon de lombo, precisam dessas discriminações na embalagem.
Aqui no Reino Unido, para começar, o bacon nem precisa ser defumado.
Tem o bacon defumado e o "unsmoked", apenas curado com sal. E aí bifurca de novo: a cura pode ser seca (no ar), úmida (em solução salina) e doce (com a adição de açúcar, melado ou xarope de maple).
Quanto aos cortes, os mais comuns são o "streaky bacon" (o bacon de barriga que conhecemos) e o "back bacon" (que pega carne do lombo e da barriga). Há ainda o "bacon medallion", feito apenas de lombo, sem gordura.
Já os formatos podem ser fatias ("rashers") normais, "thick cut" (cortadas com o dobro da espessura, ótimas para grelhar e comer com ovos) e "lardons" (bacon de barriga em cubos.
Tem bacon orgânico e tem bacon sem nitritos (conservantes que são aquela cor rosada aos presuntos e assemelhados).
O que não tem, pelo menos não nos supermercados da área central de Londres, é o bacon em peças maiores. Muito menos aquele que vem cozido e pode ser armazenado em temperatura ambiente.
Lombo, aqui, é sempre curado e defumado (ou não) a frio. E é bom, como é bom.
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