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Paraguai encerra o dia da Cannabis na ONU

País vira modelo de negócio no Regenerabis Cannabis Live

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O Paraguai é o caso de sucesso mais comentado do setor e por isso ficou com a incumbência de fazer o encerramento do Regenerabis Cannabis Live, realizado nesta última quinta-feira (5), na ONU. O país conseguiu montar e colocar em prática um modelo de indústria da Cannabis 360 graus, cuja cadeia vai da plantação até o produto acabado. E isso em pouco menos de três anos.

Cannabis ministro do Paraguai
O Ministro da Agricultura do Paraguai Santiago Bertoni apresenta o modelo de negócio da Cannabis implantado pelo goveno em evento na ONU - Valéria França

Ao que tudo indica, muito em breve, será o maior produtor de maionese, mostarda, cremes de beleza e tantos outros produtos elaborados com derivados da Cannabis da América Latina –sendo que nenhum deles tem substâncias psicoativas.

"O Paraguai fez o que o Uruguai não conseguiu, mesmo saindo na frente de todos", diz Alex Lucena, diretor de inovação da The Green Hub. "A rentabilidade está na industrialização dos produtos."

O Paraguai começou a investir no setor em 2019. Para resolver o problema da fome e combater a plantação ilegal – hoje o país é um dos maiores produtores ilegais de maconha do mundo–, o governo passou a distribuir sementes para pequenos agricultores e indígenas, com a garantia da compra da colheita. Foi a forma encontrada de trazer o plantador para a legalidade. "Importamos sementes de todo o mundo para descobrir as que mais se adequariam ao solo Paraguaio", contou o Ministro da Agricultura Moises Santiago Bertoni, que abriu o último painel.

A Cannabis foi tratada como uma commodity agrícola e como tal recebeu investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para alcançar o melhor da produtividade. Mas para que os trabalhos pudessem decolar o país montou uma comissão com o Mistérios da Agricultura, Tecnologia e da Indústria, além da Secretaria Antidrogas e o Serviço Sanitário.

O Uruguai foi o primeiro país a aprovar o uso medicinal e recreacional da Cannabis. "Os negócios cresceram e conseguimos ser o primeiro país da América Latina a vender produtos com produtos derivados da planta", disse Marcelo Demp, presidente da Câmara Industrial de Hemp do Paraguai, que apresentou o segundo painel. No material de apresentação, cenas de produção e colheita e manufatura organizadas em uma cadeia industrial bem-organizada chamaram a atenção da plateia. "Vamos replicar o modelo de negócio da Cannabis na Costa Rica", disse Demp. Isso pode ser o início de uma cooperação que pode se estender por toda a América Latina.

Há seis anos, o país investe em uma parceria com uma empresa canadense, no desenvolvimento de plástico biodegradável, ecológicos e compostáveis feitos a partir do caule da Cannabis. "Com essa etapa fechamos o ciclo social, que vai da erradicação da pobreza extrema até o aproveitamento total da planta."

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