Grupo atirava fogos de artif�cio antes de cinegrafista ser atingido, diz BBC
Um cinegrafista da rede Bandeirantes ficou gravemente ferido ao ser atingido na cabe�a por estilha�os de um artefato explosivo durante uma manifesta��o no centro do Rio de Janeiro nesta quinta-feira. O correspondente da BBC Wyre Davies presenciou o fato e ajudou a socorrer o colega ferido.
Segundo ele, minutos antes do acidente havia manifestantes atirando fogos de artif�cio em dire��o � pol�cia. "N�o conseguimos ver quem atirou o artefato, quando percebemos o cinegrafista j� estava caindo no ch�o", afirmou Wyre Davies.
O cinegrafista Santiago Andrade foi atingido pr�ximo � esta��o Central do Brasil pelo que testemunhas descreveram como uma bomba caseira ou ent�o um foguete semelhante a um sinalizador ou morteiro de fogos de artif�cio, de fabrica��o industrial.
A v�tima trabalhava na cobertura jornal�stica de um confronto violento entre policiais militares e manifestantes - entre os quais grupos black bloc. Eles protestavam contra os gastos p�blicos na Copa do Mundo e o aumento da tarifa de �nibus no Rio de Janeiro para R$ 3.
Segundo um comunicado da Rede Bandeirantes, ainda n�o � poss�vel saber se a v�tima fio atingida por uma bomba caseira ou por uma bomba de g�s lacrimog�nio.
A equipe da BBC - que possui treinamento em primeiros socorros - ajudou a conter a hemorragia de Santiago at� a chegada da pol�cia. "Ele tinha um ferimento do lado esquerdo da cabe�a. Estava inconsciente, mas pelo menos conseguimos ouvir que estava respirando", afirmou Davies.
Andrade foi colocado em um carro da pol�cia exatamente seis minutos ap�s ser atingido. Ele foi levado ao hospital Souza Aguiar onde recebeu atendimento.
Segundo a Rede Bandeirantes, o cinegrafista passou por uma cirurgia e seu estado de sa�de permanecia grave na madrugada desta sexta-feira.
O correspondente da BBC afirmou que a manifesta��o come�ou pac�fica na regi�o da Candel�ria e se extendeu pela Avenida Presidente Vargas - tornando-se violenta em frente � Central do Brasil e ao Comando Militar do Leste.
Segundo Wyre Davies, houve confronto entre policiais e manifestantes em meio ao tr�nsito de ve�culos. "Foram jogadas muitas pedras e tamb�m bombas de g�s lacrimog�nio e de efeito moral".
O correspondente disse ter visto muitos fogos de artif�cio mas n�o foram usadas bombas incendi�rias, do tipo coquetel Molotov.
Muitos manifestantes tinham os rostos cobertos e cantavam slogans exigindo que a Fifa pagasse pelas passagens de �nibus, que tiveram o pre�o aumentado.
Manifestantes invadiram a esta��o Central do Brasil, onde andaram sobre as linhas de trem e se envolveram em depreda��es. Houve muito tumulto e disparos de fogos de artif�cio dentro da esta��o.
A Supervia, respons�vel pela opera��o dos trens, interrompeu o servi�o e tentou bloquear o acesso � esta��o.
O tumulto foi controlado horas depois por tropas de choque da Pol�cia Militar.
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