�frica do Sul lembra os 20 anos da liberta��o de Mandela; veja v�deo
Os sul-africanos comemoram nesta quinta-feira o 20� anivers�rio da liberta��o de Nelson Mandela da pris�o, epis�dio considerado um marco do fim do regime de segrega��o entre negros e brancos imposto pela minoria branca no pa�s.
Veja v�deo.
Veteranos da campanha contra o Apartheid refizeram o caminho de Mandela quando ele deixou a pris�o Victor Verster, perto da Cidade do Cabo, onde passou os �ltimos meses dos seus 27 anos de pris�o.
A ex-mulher do l�der sul-africano, Winnie Mandela, era esperada para liderar a marcha desta quinta-feira, mas um porta-voz disse que ela n�o apareceu porque seria "doloroso demais".
Mais tarde, Mandela, que tem 91 anos de idade, deve fazer uma rara apari��o p�blica em um discurso especial � na��o.
As negocia��es que se seguiram � liberta��o de Mandela culminaram na elei��o em que ele se tornou o primeiro presidente negro da �frica do Sul, em 1994.
Pris�o
Mandela foi condenado � pris�o perp�tua em 1964, acusado de planejar derrubar o governo com uma campanha de viol�ncia. Ele cumpriu a maior parte da senten�a em uma pris�o em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, e depois no Pres�dio de Pollsmoor.
Antes da liberta��o, Mandela viveu em uma casa no terreno do pres�dio de Verster, na zona rural, a uma dist�ncia de 50 quil�metros da Cidade do Cabo. L�, ele tinha seu pr�prio cozinheiro.
Durante os anos na pris�o, Mandela virou um s�mbolo internacional de resist�ncia contra o Apartheid.
Em 1990, o governo da �frica do Sul respondeu � press�o interna e internacional e libertou Mandela, suspendendo ao mesmo tempo a proibi��o contra a exist�ncia do Congresso Nacional Africano (CNA) - partido que lutava contra o Apartheid.
Cyril Ramaphosa, que estava � frente de um comit� que teve de proteger Mandela ap�s a sua liberta��o, disse que o pa�s passou por grandes mudan�as nas �ltimas duas d�cadas e que poucos dos militantes imaginavam onde estariam hoje.
"� poss�vel que lembremos onde cada um de n�s estava quando Nelson Mandela saiu livre, mas acho que v�rios de n�s n�o imaginavam que estar�amos vivendo em uma �frica do Sul semelhante ao que ela � hoje", afirmou.
Ceticismo
Christo Brand, ex-carcereiro de Mandela, diz que h� 20 anos "esperava que n�o ocorresse derramamento de sangue".
"Tudo funcionou perfeitamente", afirma agora. "E eu conhe�o a forma como Mandela negocia. Ele estava realmente pensando sobre o outro lado tamb�m. Ele n�o pensa s� nos negros do pa�s, mas tamb�m nos brancos. E estudou e percebeu os temores dos brancos neste pa�s."
Brand diz ainda que Mandela "encontrou uma boa solu��o para a �frica do Sul."
Em 1991, Mandela tornou-se o l�der do CNA e foi presidente da �frica do Sul entre 1994 e 1999.
Mas a esperan�a e alegria presentes na liberta��o de Mandela e as elei��es de quatro anos depois foram substitu�das hoje, na avalia��o de analistas, por um clima de ceticismo em um momento em que o governo luta para atender �s expectativas da popula��o --especialmente �s dos mais pobres.
Desde que o CNA venceu as primeiras elei��es ap�s o fim do regime de minoria branca, a �frica do Sul obteve grandes avan�os na �rea de habita��o, energia el�trica, saneamento b�sico e viu o surgimento de uma classe m�dia negra.
Mas dados oficiais indicam que o desemprego est� em quase 25% e a criminalidade � alta.
Respeito
A imprensa sul-africana afirma que o atual presidente Jacob Zuma espera tomar emprestado um pouco do brilho e do respeito que a na��o dedica a Mandela por ocasi�o do anivers�rio de sua liberta��o.
O principal partido de oposi��o da �frica do Sul acusou Zuma recentemente de contradizer a mensagem do governo sobre a preven��o do v�rus HIV, ap�s a imprensa local revelar que ele teve uma filha fora do casamento no ano passado.
Segundo o jornal sul-africano "The Sunday Times", Zuma teria tido uma filha com Sonono Khoza, que � filha do presidente do comit� organizador da Copa do Mundo de 2010, Irbin Khoza.
Zuma tamb�m � criticado pela oposi��o por ser pol�gamo, seguindo as tradi��es tribais zulus, em um pa�s em que cerca de 5 milh�es de pessoas s�o portadoras do v�rus HIV.
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