Do Afeganistão à Venezuela: crise climática espalha tragédias pelo planeta; veja vídeo
Imagens mostram efeitos de fenômenos meteorológicos extremos nos últimos meses
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Chuvas, alagamentos, ondas de calor prolongadas e outros fenômenos meteorológicos extremos têm afetado milhões de pessoas, em diferentes pontos do planeta, nos últimos anos.
As chuvas que devastaram boa parte do Rio de Grande do Sul e provocaram inundações em pelo menos 364 dos 497 municípios gaúchos estão entre os efeitos da crise climática, anunciada por cientistas e causada em parte importante pela ação humana –segundo o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), que acompanha os efeitos do aquecimento do planeta.
Um estudo do WWA (World Weather Attribution), divulgado no início do mês, apontou que as mudanças climáticas provocadas por emissões de gases de efeito estufa das atividades humanas dobraram a probabilidade de ocorrência das chuvas no estado. O El Niño teve um papel igualmente importante, enquanto falhas de infraestrutura pioraram os danos provocados pelas inundações.
As enchentes que atingiram o estado gaúcho foram uma das tragédias ambientais mais significativas do país, atingindo 90% dos municípios do estado, impactando 2,3 milhões de pessoas e levando a pelo menos 172 mortes.
Também no começo de junho, fortes chuvas forçaram a retirada de milhares de pessoas no sul da Alemanha.
Em visita a um dos municípios mais atingidos, o premiê alemão, Olaf Scholz, relacionou a tragédia à crise do clima. "Esta é a quarta vez que vou a uma zona afetada pelas cheias este ano. É um lembrete de que algo está acontecendo. Não podemos ignorar o nosso dever de interromper a mudança climática causada pelas atividades humanas", disse.
Além de chuva fora dos padrões, a crise provoca também mortes por calor, como têm sido registradas na Índia, que enfrenta temperaturas constantemente acima do normal, e altera até a reprodução de águas-vivas, que tomaram parte da costa da Venezuela e prejudicam a pesca local.
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