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Descrição de chapéu Especial Férias

Chapada Diamantina reúne cachoeiras, museu e até vinícola na Bahia

Mucugê, Ibicoara e Igatu são refúgios para quem quer explorar o parque nacional baiano mais famoso

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Júlia Sarmento
Mucugê, Ibicoara e Igatu (BA)

O turista que procura sossego encontra um roteiro de trilhas e visitas históricas em três destinos da Bahia, localizados no Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Para quem chega pelo aeroporto de Salvador, o ideal é alugar um carro. São cerca de 450 km até Mucugê (em média, seis horas). É melhor evitar o trecho da BR 242 que passa por Itaberaba, pelas más condições da estrada.

Aqui, o encanto é imediato. A cidade, tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Artístico Nacional), é uma das mais antigas da Chapada e onde foram encontrados os primeiros diamantes de grande valor da região, durante o ciclo de exploração da pedra, no século 19.

Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, no centro do estado da Bahia - Roberto de Oliveira

Os casarões coloniais e o calçamento de pedras foram preservados. As opções de hospedagem são variadas. Vão desde pousadas mais simples, com diária de R$ 230, até um hotel butique que pode custar, por dia, R$ 1.100.

Às margens da BA-142 está o cemitério Santa Isabel, também chamado de bizantino, por emular a arquitetura neogótica do Império Romano do Oriente. Nos mausoléus, pintados inteiramente de branco, estão enterradas famílias tradicionais do auge do garimpo. A visita é gratuita.

Mucugê é rodeada por montanhas e cachoeiras. Duas delas, a da Piabinha e a do Tiburtino, ficam dentro do Parque Municipal. O acesso é pelo Projeto Sempre Viva, voltado para a educação e preservação ambiental, ao valor de R$ 20 por pessoa.

A trilha, pela fácil sinalização, é acessível para crianças e idosos, dispensando até a presença de um guia.

Em apenas três minutos, chega-se à cachoeira da Piabinha, onde há uma leve queda d’água. Caminhando por mais um 1,5 km, o turista já vê o encontro com o rio Tiburtino. O banho é gelado e revigorante.

Fora das trilhas, uma boa opção é a vinícola UVVA, inaugurada em março de 2022. O espaço fica à beira da Serra do Sincorá, sendo o primeiro voltado para a produção de vinhos da região.

Na visita, é possível fazer um tour pelos vinhedos, acompanhar de perto a produção e armazenamento dos vinhos e degustar os rótulos produzidos pela UVVA, como o Cordel, vinho premiado e um dos principais produtos da casa.

A visita é acompanhada por um especialista. São três opções de passeios, que custam entre R$ 160 e R$ 310 por pessoa. É importante fazer a reserva antes pelo site. Menores de 12 anos não podem entrar.

É possível sair de Mucugê e visitar outras cidades próximas da Chapada. Uma que vale muito a pena é Ibicoara, a 80 km, onde fica a cachoeira do Buracão, uma das mais belas da região.

A trilha até lá tem um grau moderado de dificuldade, o que torna a presença de um guia indispensável. Na maior parte do caminho, por 6 km, o terreno é plano, e os visitantes vão margeando o rio Espalhado —há alguns trechos íngremes e com declives.

Ao chegar ao Buracão, é obrigatório vestir um colete salva-vidas e nadar pelo rio até o cânion. É um trajeto de dez minutos até a parte de cima da queda d’água.

A cachoeira tem 85 metros de altura. Para os mais aventureiros, dá para descer de rapel até o poço, sempre acompanhado de um profissional.

Flutuação entre os cânions que levam à queda principal do Buracão, na Chapada Diamantina (BA) - Júlia Sarmento/Folhapress

Algumas dicas importantes para a visita: ao entrar no local que dá acesso à trilha é preciso pagar R$ 15 por pessoa e é obrigatório contratar um guia local (cerca de R$ 50 a R$ 60 por pessoa).

Se depois da trilha a fome chegar, uma boa alternativa é parar numa das pequenas lanchonetes que ficam na estrada e degustar um pastel ou coxinha com recheio de palmito de jaca, iguaria da Chapada.

Dá para esticar a visita até o distrito de Igatu, pertencente a Andaraí. São mais ou menos 40 minutos saindo de Mucugê.

Igatu é conhecida como "Machu Picchu baiana", numa alusão à histórica cidade Inca, no Peru, por ter boa parte de suas construções preservadas em pedra. Lá também foi um importante entreposto durante a exploração do diamante e, hoje, é um verdadeiro museu a céu aberto.

No Parque Histórico de Igatu, é possível ver as ruínas das casas nas quais os garimpeiros viviam com suas famílias.

No local, fica a Galeria Arte e Memória, que apresenta obras de artistas locais, além de expor utensílios utilizados à época da exploração do diamante. A entrada é gratuita.

Uma parada quase obrigatória é o bar de Igatu, ou bar de Seu Guina. O local é simples, mas vale provar uma cachacinha da região e conversar com o proprietário, que nasceu e cresceu na cidade e faz questão de narrar as histórias do distrito e de seus moradores.

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