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Marcada para novembro de 2025 em Belém (PA), a COP30 terá a chance de deixar como legado o financiamento climático, disse o governador paraense, Helder Barbalho (MDB), no encerramento do seminário da Folha que discutiu resiliência climática e descarbonização, na última segunda-feira (3).
O evento teve patrocínio da montadora chinesa BYD e apoio da Prefeitura de Manaus e do Governo do Pará.
"A COP é a oportunidade de ter a floresta no centro das discussões e de que o Brasil garanta que povos tradicionais participem, com a sociedade brasileira e global, [do debate] da justiça social e climática", afirmou o governador sobre a conferência, que reúne líderes mundiais para discutir como implementar as principais metas do Acordo de Paris.
Para ele, é o momento de o Brasil assumir a liderança no debate sobre como os países industrializados do hemisfério norte —os maiores responsáveis pela carbonização da atmosfera, como China e Estados Unidos— podem financiar soluções em direção ao Sul Global, que mais sofre com os impactos das mudanças climáticas.
A capital paraense está passando por uma transformação de infraestrutura para recepcionar os conferencistas, além de oferecer cursos de qualificação para a população belenense, entre aulas bilíngues e treinamentos de hospitalidade.
Em sua fala, o governante destacou ainda a tendência de queda na taxa de desmatamento do Pará nos últimos três anos e as possibilidades de, com isso, gerar créditos para o mercado de carbono.
A projeção é que 150 milhões de toneladas de carbono sejam comercializadas até 2026, com expectativa de concluir a primeira negociação, de 5 milhões de toneladas, ainda neste ano.
O estado teve uma redução de 37% no índice de desmatamento entre 2021 e 2023, segundo dados do Prodes (Programa de Monitoramento do Desmatamento por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Na comparação desde 2022, a diminuição observada foi de cerca de 20%.
Apesar disso, o Pará ainda é o que mais desmata na Amazônia, com 3.299 km² destruídos no último ano e mais de 170 mil km² no total acumulado. "Nosso foco é que aquele olhar do passado, de desmatar para desenvolver, passe a ser que a floresta viva possa valer mais do que a floresta morta", acrescentou Barbalho.
Segundo o governador, os recursos oriundos do mercado de carbono serão revertidos para as comunidades tradicionais, para povos indígenas, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e para a agricultura familiar, e a fatia que caberá ao estado será revertida exclusivamente para a aplicação na política de redução de emissões.
Assista na íntegra ao seminário da Folha que debateu resiliência climática e descarbonização
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