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É falso que Bolsonaro atacou bispos e padres no Twitter

Conteúdo inventado viralizou na rede após visita do presidente à Basílica de Aparecida

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São Paulo

Circula nas redes sociais um suposto tuíte do perfil oficial do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em que, após lamentar o tumulto ocorrido durante sua visita à Basílica de Aparecida, ele diz que nenhum padre ou bispo deve dizer onde ele pode fazer campanha e critica "a postura arrogante de religiosos", o que "explica o crescimento da igreja evangélica e o fracasso da igreja de Roma". O conteúdo é falso; Bolsonaro não publicou tais afirmações.

O tumulto citado no falso post ocorreu em 12 de outubro, quando é celebrado o dia de Nossa Senhora Aparecida. A passagem do presidente pela missa foi marcada por vaias e gritos de apoio. Do lado de fora da basílica, bolsonaristas hostilizaram um jovem que vestia camiseta vermelha.

É falso que Bolsonaro publicou críticas a religiosos após tumulto durante missa pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida - Caio Guatelli - 12.out.2022/AFP

Por meio da ferramenta de busca reversa Wayback Machine, que arquiva posts antigos ou apagados, não foram encontradas evidências da suposta mensagem. Além disso, o perfil @projeto7C0, que mostra tuítes apagados de políticos, afirmou que "a postagem não consta na base do projeto". No TweetDeck, ferramenta do Twitter que monitora citações na rede, também não foi encontrada a publicação no perfil oficial de Bolsonaro.

A última menção feita pelo presidente a Aparecida no Twitter foi em 12 de outubro, falando sobre sua visita, sem mencionar nada relacionado ao tumulto ou críticas à Igreja Católica.

Na terça-feira (11), um dia antes da visita de Bolsonaro à cidade, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), principal entidade da igreja no país, lamentou em nota a participação do presidente na celebração "como caminho para angariar votos no segundo turno" e que "momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos".

Pesquisa Datafolha publicada em 8 de outubro, a primeira de segundo turno da eleição presidencial, mostra Lula à frente entre eleitores católicos, enquanto Bolsonaro lidera nas intenções de voto de evangélicos.

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