Siga a folha

Descrição de chapéu
O que a Folha pensa Estados Unidos

Percalços jornalísticos

Brasil sobe em ranking da liberdade de imprensa, mas ainda enfrenta problemas

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Jornalistas na Redação da Folha - Gabriel Cabral - 2.out.22/Folhapress

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

No recém-divulgado ranking mundial da liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Brasil subiu dez posições em comparação ao ano anterior e está em um ainda modesto 82º lugar entre 180 países avaliados.

As nações são divididas em cinco situações: boa, relativamente boa, problemática, difícil e muito grave. Em 2021, pela primeira vez em 20 anos, o Brasil ficou na categoria difícil —antes e depois, sempre foi classificado como problemático.

De fato, como aponta o relatório da RSF, dado o discurso agressivo de Bolsonaro e suas hostes contra veículos e jornalistas, houve melhora —ao menos no comportamento do Executivo federal.

Contudo o texto não trata do recente avanço do Supremo Tribunal Federal sobre a atividade, a partir de decisões monocráticas que suspenderam contas das redes sociais, inclusive de jornalistas, a partir de critérios pouco transparentes.

Outro fator que contribuiu para a ascensão brasileira foi a piora de outros países. A polarização política e a ascensão de governos populistas, de direita e de esquerda, têm levado à deterioração paulatina da defesa do direito à informação na última década.

A Itália passou do 41º para o 46º lugar. Nas Américas, mais da metade dos países apresentaram piora.
Venezuela, Honduras, Nicarágua e Cuba se mantiveram na situação muito grave, mas Paraguai e Equador saíram da categoria problemática para a difícil. O Peru caiu do 110º lugar para o 125º, e a Argentina, no 66º lugar, desabou 26 posições. Os EUA perderam dez colocações e são agora problemáticos.

No indicador específico de segurança (um dos 5 avaliados), o Brasil passou da posição 149 para a 109, mas ainda está em situação vexatória. Na última década, ao menos 30 jornalistas foram assassinados devido ao exercício da profissão.

A derrota eleitoral de Bolsonaro tornou as relações entre o governo federal e a imprensa menos conturbadas, mas sobram aspectos problemáticos, como o ímpeto punitivista do Judiciário e a vulnerabilidade de profissionais em áreas de risco, sobretudo em cidades pequenas ou regiões em que atua o crime organizado.

editoriais@grupofolha.com.br

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas