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Líder de ultradireita bate em opositora na França; vídeo

Éric Zemmour, presidente do partido Reconquista, agrediu mulher com soco após ela ter atirado um ovo contra ele

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São Paulo

A visita do líder de ultradireita Éric Zemmour a Ajaccio, capital da ilha francesa da Córsega, ficou marcada neste sábado (4) por protestos e agressões. Nas proximidades de um mercado, o político atingiu com um soco uma opositora após ela atirar um ovo contra ele, segundo o jornal Le Parisien.

Vídeos mostram a confusão e o momento da agressão. Após a mulher lançar o ovo e tentar uma investida, mesmo sendo contida pelos presentes, Zemmour levanta a mão e a acerta com um soco na altura da nuca.

Líder de ultradireita francês, Éric Zemmour (à esq.) gesticula após opositora atingi-lo com um ovo durante visita a Ajaccio, na França - Pascal Pochard-Casabianca - 4.mai.24/AFP

Presidente do partido de extrema-direita francês "Reconquête" (Reconquista, em tradução livre), Zemmour está em campanha para disputar as eleições do Parlamento Europeu, marcadas para 6 a 9 de junho.

Dentre os compromissos do dia, ele teria uma reunião no Palácio do Congresso de Ajaccio.

Zemmour foi recepcionado por cerca de 15 ativistas ligados ao Partido Comunista e por sindicalistas da CGT (Confederação Geral do Trabalho).

Insultos e protestos, como "fascista", "racista de merda" e "a Córsega não é sua" foram ouvidos. O partido Reconquête afirmou que apresentará queixa para denunciar as ofensas.

"São imbecis violentos que pensam que irão intimidar, mas eu sou como os corsos, não me sinto intimidado", respondeu o líder de direita, de acordo com a imprensa local.

Não houve apenas protestos contra o político. Alguns comerciantes e parte da população presente no mercado receberam Zemmour de forma positiva.

Em seu perfil no X, o líder de direita não se pronunciou sobre a suposta agressão à opositora e agradeceu pela recepção dos apoiadores.

"Estou feliz por estar entre vocês, aqui em Ajaccio. As intimidações não enfraquecem o seu fervor. Obrigado!", publicou.

Candidato nas eleições presidenciais de 2022, Zemmour foi condenado por incitar ódio racial após dizer na televisão, em 2020, que migrantes menores de idade desacompanhados eram "ladrões", "estupradores" e "assassinos". Ele é uma das faces da ultradireita na Europa, que vê discursos semelhantes em vários países.

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